quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O HD é uma mídia digital ou analógica? Quem se arrisca?

Pergunta: Computador é mídia analógica ou digital? (Na realidade, nenhuma, nem outra...)

Computador não é mídia. Ele pode até TER uma mídia dentro dele, como o disco rígido do HD. Mas ele não é mídia. Mídias ou médias, são jornais, livros, palestras, entrevistas transmitidas via rádio, TV ou internet... O computador não é mídia porque ele precisa ser ensinado a: Primeiro, a ser computador... Formatação do HD. Depois, inserção de um programa do tipo sistema (Windows, Linux, etc.). Depois, inserção, no caso, programa que viabilize uso de internet contratada (paga) ou gratuita. E finalmente, um provedor lá do outro lado que viabilize o envio de informações. Mesmo assim, ele não será mídia, será viabilizador de mídia publicitária. Será como um "mero e genial radinho": Um instrumento de mídia. Não devemos confundir palavras que tem duplo sentido, como mídia publicitária e mídia de registros. Mídia publicitária é conjunto de informações, como matérias jornalísticas, livros, etc. Mídia de registros, como o nome já induz, é elemento arquivador de registros, como um LP, um CD, um DVD, uma fita magnética, uma fita de papel furadinha, um cartão de loteria, um cartão de concurso, etc... E também não devemos confundir computador com internet. Computadores foram feitos inicialmente para elaborar cálculos complexos em alta velocidade. Só depois, o mesmo virou “radinho de pilha”, em uma de suas inúmeras utilidades, pois passou a transmitir informações. Depois vou explicar como e porque não existe essa ficção de eletrônica digital: Toda eletrônica é analógica, o resultado pretendido é que pode ser digital ou analógico, onda dentada ou onda redonda, onda não detalhada (digital) e onda detalhada (analógica), mesmo que carregue consigo resultados não desejados. Até mais. Joaquim M. Cutrim

Em um computador pessoal, toda eletrônica embarcada nele é analógica. Mesmo as memórias. Porque? Porque as memórias são analógicas uma vez que utilizam um chaveamento chamado “flip-flop”. Esse conjunto de chaves recebe sinais ELÉTRICOS (e não dados!), que de acordo com suas características, irão comandar as chaves em um dos dois únicos sentidos em que ela opera. Convencionou-se que, se ela fica em “tal” sentido, será um sinal que significará “zero”. Noutro, será 1. Mas isso é uma convenção humana para dar a esse elemento analógico, uma finalidade digital. A de fornecer sinais exatos, discretos, não detalhados, mas precisos. Porque? Porque o detalhamento trazia outras informações indesejadas para o circuito. Então está explicado porque uma memória RAM, por exemplo, é um componente analógico PRODUTOR de resultados digitais. Até porque dado é resultado, e não estrutura eletrônica. Então memórias RAM, Cachê, e outros integrados destinados a produzir sinais digitais ou melhor dizendo, a converter sinais analógicos em digitais no interior do computador (Que aliás, é um depósito de conversores analógico-digitais e vice-versa), são componentes analógicos com fins digitais. Já os outros componentes do computador, que funcionam isoladamente como capacitores, diodos, bobinas, indutores, mini-potenciômetros (trimmers e dimmers), resistores, são exclusivamente analógicos, pois produzem resultados analógicos, sua função na placa mãe ou de vídeo, ou outras “cards”, são funções analógicas... O sinal entra analógico, é moldado sem perda nenhuma, mudando apenas parâmetros como tensão, miliamperagem e freqüência. Ou seja, não existe eletrônica digital... O que existe é eletrônica analógica com finalidades, ou digitais, ou analógicas, ou mistas, produzindo resultados digitais ou analógicos ou os dois trabalhando em conjunto.

Esse termo "Eletrônica Digital" foi criado para fins pedagógicos, para se dizer que é uma área que estuda os resultados digitais produzidos por um circuito eletrônico, que será sempre analógico na sua estrutura. (O chaveamento responde analogicamente [Ana, do grego, igual] em outro parâmetro ao sinal elétrico que lhe é inserido.

C., não é bem assim...
Segue abaixo a informação da Wikipédia trazida a nós pelo seu link:

Digital Compact Cassette - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Digital Compact Cassete - DCC - é como se chama a tentativa de levar ao formato digital as cassetes analógicas.

"Os aparelhos DCC tinham a particularidade de tanto trabalharem com as novas cassetes DCC como com as antigas analógicas. Após uma guerra comercial com as cassetes DAT, da concorrente Sony, ambas perderam o mercado para o novo formato MiniDisk. A perda foi possível pela praticidade e segurança do Mini Disk, apesar da superior qualidade do DCC e do DAT que utilizavam fitas, estes por sua vez se tornaram frágeis em seu armazenamento.Por exemplo, uma fita DAT mantida em um gravador por um certo tempo dentro de um ambiente com ar condicionado causava humidificação nas cabeças. Já o Minidisk trabalha em ATRAC 3 com excessiva compressão DIGITAL e dependendo da pressão sonora do ambiente se perdem harmônicos importantes e o som registrado se torna estranho".

Resposta de Joaquim: DETALHE: Fita nenhuma é para ser guardada no compartimento do tocador, ou do "player", como uns preferem. Qualquer fita deve ser guardada corretamente, e o modo correto é o seguinte: Você tem que rebobinar a fita para um ou para o outro lado, esvaziando um dos carretéis. Porque? Porque carretéis se comportam como ímãs e podem comprometer a qualidade da gravação com a desmagnetização mútua de ambos os carretéis, um desmagnetiza o outro (na realidade, mais precisamente, mexe com o rearranjo das partículas de óxido de Ferro)... Tudo isto por indução eletromagnética. Então não é a DAT que não presta, é o seu operador que é um burro...rs rs! Fitas magnéticas devem ser guardadas totalmente rebobinadas em locais arejados para evitar fungos e com a mesma temperatura que o corpo humano gosta... em geral: de 23 a 27 graus célsius. Frágil é o disquete, que quase sempre é acometido de problemas que, por ser digital e a os padrões de leitura digital não aceitarem mais de 200 erros de bloco, ou no caso do disquete, pode ser até bem menos (desconheço o"Red Book dos disquetes), DÃO MENSAGEM DE: "Disquete não formatado..." Ou: "Há dados corrompidos, a mídia não pôde ser aberta..."; ao contrário das fitas magnéticas no formato cassette, que agüentam até ÁGUA!!! Isso mesmo, IMERSÃO EM ÁGUA e depois de secas, tocam normalmente. Eu sou testemunha disso juntamente com outras pessoas, pois tive umas 100 ou mais fitas que por estarem dentro de um recipiente receberam líquido com sabão em pó despejado por uma máquina de lavar... Isso mesmo! Depois de 1 mês (tempo que eu dei) de colocadas dentro de um isopor em um quarto meio quente, secaram e tocaram normalmente, reproduziram as vozes n-o-r-m-a-l-m-e-n-t-e! Inclusive uma lista telefônica minha "falada". Aí é que devemos ter cuidado com informações, mesmo sabendo que a Wikipédia é merecedora de credibilidade. Mas há que se ter um filtro: Você deve entender também do assunto, senão posta o que não é verdade. Fitas cassete duram anos e anos, sem problemas, ao contrário dos meios digitais, que são, inerentemente intolerantes e frágeis.
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15:53 (4 horas atrás) (12/11/2008).
Van *contente*
Nossa Joaquim!
Que aula heim? Nossa show demais!
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Joaquim Martins Cutrim. E-mail: joaquim777@gmail.com

domingo, 10 de agosto de 2008

HD Grava melhor do que o Master Glass?

JOAQUIM CUTRIM OPINA:
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Minha conclusão: O HD é uma mídia magnética e pode acrescentar às cópias o efeito de tornar "woodier" and "silkier" o som, principalmente dos instrumentos acústicos. Daí uma das melhorias, pois o emadeiramento e o aveludamento provocado pelo efeito magnético melhoraria o som. Outra coisa é que um HD lê semelhante um Tape Deck, sem o hiss; e é também uma leitura analógica melhorada: Ele trabalha à vácuo e a leitura não é feita por canhão, e sim por uma cabeça que se aproxima mas não toca a superfície da mídia magnética. Ela se aproxima nanômetros mas não toca a mídia. Isso é muito mais perfeito do que tiros de canhão que podem ir perdendo o foco com o tempo, ainda tem isso. Mas para mim, o que pode estar aí fazendo a diferença que dizem os audiófilos de sons digitalizados é o efeito "wooding" and "silking" dos meios magnéticos. Talvez seja melhor ir por este caminho e pesquisar mais esse porquê.
Joaquim M. Cutrim joaquim777@gmail.com
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PS: Um "master glass" produz perfeitamente só até 10.000 cópias. Esse limite tem que ser respeitado. Estão respeitando? Outra: o controle de qualidade artesanal é um - o interessado é o próprio copiador. E o industrial? Será que ele tem mais interesse que o particular no controle de qualidade?

domingo, 3 de agosto de 2008

LP não tem porque chiar.

Outra coisa que preciso explicar e que é fonte de uma grande injustiça em relação ao vinil: LP não tem porque chiar… Isso é coisa de quem não conhece, NEM O PRODUTO, NEM TOCA-DISCOS! Quando um LP “chia” é porque: Ou ele rodou anos e anos a fio com a mesma agulha, que se desgastou (a validade é de 500 horas) e conseqüentemente destruiu os sulcos (grooves) ou uma faixa deles (já que nem toda agulha tange no mesmo ponto, ou simplesmente porque está sujo!!! LP brilhando não quer dizer que esteja limpo! Tem que ser lavado sempre que se notar som ruim ou agulha sujando ao percorrer a faixa ou, mesmo começando limpa, chegar suja ao fim da faixa. Não pode chegar suja no final do vinil, jamais. Senão tem que lavar, e lave de acordo com as minhas sugestões (siga a risco) em http://limpezadevinis.blogspot.com Quantos aos estalinhos e plics e plocs, isso é coisa de quem não deu valor ao objeto, não o manuseou corretamente e o deixou em cima de mesas, deixou raspar ou encostar em móveis ou em outros objetos pontiagudos, mesmo que de madeira. Mas mesmo assim GARANTO que os plics e plocs, estalinhos, NÃO RETIRAM A FIDELIDADE E NEM A MUSICALIDADE DO LP, pois eles só arranharam as “lands” e não os sulcos, que permanecem íntegos, se houve vigilante troca de agulha. E quanto aos estalos de energia estática, que podem vir mesmo num LP “zero km”, eles podem ser eliminados completamente com uma pistola anti-estática chamada “Zero Static” que pode ser comprada na www.needledoctor.com um dos maiores sites de áudio do mundo, situado em Meneápolis, EUA, com um simples cartão de crédito. Eu tenho alguns LP’s raros arranhados mas que tocam com uma pureza musical incrível.
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Outra resposta:
Meu caro, distribuir pela rede o que? A porcaria de som que é o mp3? Cheio de perdas musicais? E a Capa do Vinil, como v. vai distribuir pela internet? V. acha que do outro lado tem alguém com uma gráfica profissional para reproduzir a arte gráfica que é o vinil?O que v. não saca é que a indústria está percebendo um novo nicho comercial: O Vinil aliado ao download. Cada vinil trará um código (senha) para download integral do disco. Outra coisa que v. ainda não “acordou” é que são consumidores diferenciados: O de download, o de CD e o de LP (Embora possam gostar dos 3 ao mesmo tempo, nada impede). O Consumidor de LP, que diga-se de passagem, não se importa com preço, pois um vinil completo é um livro musical, pois traz textos e fotografia, além do som original de gravação, sem conversões ou sujeições a erros de leitora. Então não há como “PIRATEAR” mesmo um som perfeito como o do vinil, encorpado, emadeirado, aveludado e mais equilibrado em termos de médios, agudos e graves. Na conversão para mp3 vão ocorrer perdas lamentáveis para um bom equipamento e um bom ouvido. (Aliás, os jovens que usam iPod andam perdendo a audição, segundo pequisa e mídia televisiva, pelo excesso de volume, pois andam com aquilo na rua e a rua já é por si só barulhenta). Mas voltando ao assunto, também não existe PIRATARIA de capa e encartes de vinil. Ficou claro?
Lembrando que ainda tem o comprador de LP que vai querer passar seu LP para ouvir em CD no carro, já que há muitos já existem toca-discos ripadores (aqueles fabricados com saída USB) (Aqui no Brasil a Sony vende um). Muitos estão comprando estes toca-discos ripadores para gravar sua coleção inteira em CD, para ouvir no carro ou em lugares onde o LP não deve ir… por exemplo, um passeio ao ar livre, onde v. poderá levar um aparelhinho tipo “tamborzinho” para curtir o passeio.
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Marcos comentou: (Em 03/08/08).
Olá, Joaquim. Ha uns tempos comprei uns discos de música classica importados em um sebo. O melhor deles, é um duplo alemão com as Segunda e Nona Sinfonias de Beethoven. Muito bem.... como de costume, lavei os discos com água, detergente e algodão. Coloquei-os para tocar. Para o meu espanto, ELES NÃO ESTALAM! O máximo é um pop bem baixinho, mas insignificante, mesmo em volumes mais altos. Fora a qualidade da musica, o som é maravilhoso.Musica classica, eu compro só disco importado. Os poucos nacionais que eu tenho sao ruins (aquelas ediçoes da Abril Cultural) e colocar o disco alemão perto desses é covardia. É um disco de 75, denso, bem feito e bem acabado, bonito de ver.... e os envelopes sao de papel, nada daqueles plásticos..... o preço nos sebos é basicamente o mesmo, e por isso dou preferencia aos importados.Meu Cabeça Dinossauro em vinil soa ainda mais agressivo que o CD. Comprei o cd e o Nós Vamos Invadir Sua Praia também porque estavam fora de catálogo e ouço eles no iPod ou no computador no serviço. Em casa, só em vinil. Meu toca discos é um Philips AH-928 e já soa assim bem e superior ao CD. Não consigo imaginar meus disquinhos tocando em um TD e equipamento profissa.... Hoje comprei uns compactos, um Procol Harum - A Whiter Shade of Pale, Fevers - Já Cansei, e Hermanns Hermits - No Milk Today. O estado deles estava feio.... mas após uma lavagem ficaram bons (eu nao toco eles sem lavar, mesmo os que compro no Mercado Livre). Aparentam estar sujos ainda, apesar do som ser bom e sem estalos.... por isso vou lavar amanhã novamente. Bem... é isso aí... t+
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Joaquim Cutrim Respondeu:
Realmente, os discos importados eruditos, principalmente, são dedicados a audiófilos e precisam ser grossos para ter uma prensagem mais perfeita, mais potente (mais apertada) para que os sulcos sejam mais profundos e mais bem acabados. Daí precisarem ser de 160 g; 180 ou 200 gramas. A mixagem também é mais cuidadosa, mais discutida com o maestro e talvez seja um analógico puro gravado no sistema Living Stereo, onde não há nenhuma fase digital. O sitema que tem fase digital é o Dynagroove. Living stereo significa estéreo ao vivo, com total ausência de interferência digital.Eu também lavo meus discos, sejam eles comprados onde forem: Lacrados dos EUA ou UK, ou Rússia - os novos, lacrados vem com um óleo originário da prensa nos sulcos e deve ser retirado. E os de sebo, ainda que de execelentes Sebos, como a SEBODODISCO em São Paulo, também tem que ser lavados: Afinal não se conhece o método deles ou simplesmente nunca o foram.Realmente LP não tem porque estalar. Eu me deparei com um sujeito ignorante (no sentido mais correto da palavra, e não chulo) e ele me disse que eu colecionava LP's certamente porque era um saudosista... O cara não me conhecia... Eu disse logo pra ele que som digital não prestava, e que o som fiel seria o do LP porque era íntegro, integral... (Não só fisicamente (Física), mas dentro da minha filosofia de preservação da arte que defendo no meu 1° blog como a minha forma de educação musical e de entender a arte). Ele retrucou na ponta da língua: E os estalos? Dissera-lhe que um LP limpo, bem lavado não estalava assim como um LP "zero Km". E que possíveis estalos que houvessem seriam de estática, e que poderiam ser removidos com a pistola "Zero Static" adquirida na needledoctor. Ele ficou pasmo e eu ainda lhe falei da quantização imperfeita geradora da metalização do som e do 0dB que mata a dinâmica do CD nas freqüências mais altas, pois há um corte pelo software. Ele ficou zonzo... dei-lhe uns exemplares dos meus blogs já impressos pra ele ler e aprender e perguntar o que quiser. Falei-lhe que aquilo era uma pesquisa que já durava 4 anos, junto a fontes internacionais e poucas nacionais. Mudando no mesmo assunto, já há muito estou nessa de redescobrir a música brasieira e internacional dos anos 60, 70 e 80. Há muita coisa maravilhosa simplesmente, como o LP original de Gigliola Cinqüetti de 1968 original que adquiri recentemente pela Sebododisco de São Paulo (40 mil itens). E mais: penso com você: Música deve ser boa pra você, te emocionar, sem rótulos ou preconceitos. Arte não tem bula, como remédio. Pode ter estética, mas isso fica com os maestros e quem conhece. Então pode ser quem for (há muitos chamados de "bregas" que já cantaram clássicos da MB). Nada de rótulos: O crítico e emocionado "sou o eu", e não a mídia de massa, o senso comum arrogante da classe média que pensa que é bem informada só porque lê Folha de São Paulo e Jornal do Brasil, como se esses jornais fossem especializados ou não cometessem imperfeições intelectuais. Penso como Marilena Chauí: Não me informo na mídia: Devemos sentir o mundo e filtrar as notícias com um "background" de sociologia e psicologia. E não precisamos ser psicólogos e nem sociólogos... basta ler, apenas. Leituras científicas, textos elaborados com metodologia científica. Um grande abraço! Joaquim Cutrim.

sábado, 2 de agosto de 2008

Médios e Agudos Rachados?

Fernando perguntou em 02 de agosto de 2008:
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Em 02/08/08, Fernando escreveu: Olá Joaquim tudo bem? Primeiramente parabéns pelo seus blogs na internet que contém informações importantíssimas sobre o audio analógico e os discos de vinil. É o seguinte, adquiri um toca discos da Numark modelo TT-500 e uma cápsula Stanton 680 com agulha elíptica. Gosto muito da originalidade do vinil e o som desses discos é único, parece uma magia que nos deixa encantados. O problema é que não estou obtendo o desempenho que esperava na reprodução dos discos. Os agudos distorcem em passagens onde o som fica mais "alto" e os médios rachados. Já fiz todo tipo de ajuste no toca-discos. Estou utilizando o braço em "S" para evitar erros de trilhagem, segui na medida do possível aquele tutorial do clube do áudio sobre como instalar uma cápsula... O som no geral é bem definido e tem excelente separação de canais. Acho que o culpado disso tudo deve ser o meu pré de phono. Que deve ser um dos piores phono stage já que ele está equipando um receiver da philips desses mais modernos. Estou pensando em adquirir um pré de phono, dedicado, bem melhor ao que equipa esse receiver. Mas antes de gastar dinheiro num pré de phono gostaria de uma opinião. Será que o meu problema realmente é o meu pré de phono? Você tem alguma sugestão? Obrigado.
Joaquim Respondeu:
Troque apenas a headshell. Pode ser ela a responsável pela ressonância-parasita no cantilever da agulha. Cantilever e Headshell é um casamento único, ou dá certo ou não dá. Isso já aconteceu comigo, médios e agudos rachados - a troca da headshell foi suficiente. Troque também a agulha: Uma agulha só dura 500 horas, a sua já deve estar desgastada, principalmente se v. adquiriu esse conjunto de 2ª mão. Toca-disco NOVO - agulha NOVA! Prefira as agulhas cônicas às elípticas, elas agridem menos os sulcos. Se depois da troca de headshell e agulha (comece pelo item mais barato) aí sim, v. troca o tal pré de phono. Mas pré-de-phono só se usa quando a tensão da cápsula é muito BAIXA, tipo 1,5 mv (Geralmente só Moving Coil é que vem com essas tensões baixas). Fernando, a relação dinâmica entre BRAÇO-AGULHA(Cantilever)-
HEADSHEL é determinante por causa da criação de ressonâncias espúrias canceladoras de freqüências médias e agudas. Esse cancelamento pela inversão da onda vibracional entre esses elementos ou inversão de fase de onda é o responsável por muitos problemas dessa natureza. Mas comece pela agulha, item mais barato.
Você só não me disse se a ortophon era do tipo "Concorde". Aí complica, porque ela é diferente, não há hedshell, aí pode ser o caso de troca dela própria. Mas a ordem é: 1°: agulha; 2°: Headshell; 3° Cápsula, se a sua for Concorde e simultaneamente a troca do Pré-de-Phono, o que for mais barato. Outra Coisa: Cuidado com a regulagem do peso do braço para a cápsula/agulha que está usando - v. está fazendo o VTA corretamente? Está sabendo zerar o contrapeso?
Um grande abraço e boa sorte! Joaquim.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

DÚVIDAS SOBRE TOCA-DISCOS - Perguntando.

Duvidas com toca discos
Marcos Fernando, 9 julho de 2008.
Olá, Joaquim.
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Sou membro de uma comunidade sobre discos de vinil, e desde então comecei a tratar melhor meus discos. Na verdade, comecei a cultivar um gosto pelo som que eles proporcionam e pelo prazer que é colocar um disco de musica classica para girar....Meu velho Sanyo GXT 4545 com pickup Garrard 6300 resolveu me deixar na mão... primeiro o duro golpe do estéreo que se foi quando queimou um canal do amplificador... agora foi a a cápsula que não segura mais a agulha... a capsula eu poderia arranjar facilmente, mas o estéreo me desanimou....Porém, eis que surge um DS-40 completo em um sebo aqui de Blumenau. Não testei o equipamento, pois tomei conhecimento desses modulares há pouco tempo. nem sei como funciona extamente. Tudo o que eu descobri é a agulha que vai nele, e que ele é um belt drive. Está por 300 reais. No sábado quero ver se ele está inteiro, e também ir atrás de outros modulares em eletrônicas por aqui.... Mas a respeito desse aparelho, há algo mais que eu deveria saber? Esse preço está legal? Ao que se equipara esse aparelho? O receiver e o tape deck são bons? As caixas suportam legal? E outra coisa. A cápsula dele é uma GC-11. A agulha é a GS-11. Essa cápsula é legal? Eu não sei nem como comparar capsulas, mas gostaria de saber quanto a ruídos, etc.Até arrumaria meu Sanyo, mas me motivei a comprar outro toca discos por causa de um vinil dos Beach Boys, o Pet Sounds, que está saindo em mais uma edição de 180 gramas. Por 19 dólares eu que não ia perder, hehehehe e não queria (e nem vou!) tocar ele ele em um toca discos todo capenga....Desde já, muito obrigado. Comecei a acompanhar os seus blogs sobre vinil e tape deck. Realmente tem muito material bacana!
Joaquim Respondeu:
Marcos Fernando, obrigado pelos elogios ao blog vinilnaveia e http://limpezadevinis.blogspot.com/ Vou ser direto com você: Não compra. Segura a grana e compra um Receiver ou Gradiente 1360, 1460, 1560 e o Super "A" 1660, uma lenda. Ou outro importado no mercado livre da Marantz, Sansui, Keenwood, Pioneer, desde que esteja excelente de serigrafia e funcionamento. E o Vendedor tenha 99% de qualificações positivas. Helinho Salviati é uma excelente opção no Mercado Livre e ele é de São Paulo, não sei se é sua terra. Quanto ao toca discos belt-drive, JAMAIS compre um belt! São ruidosos (relação sinal ruído ou noise-ratio), e compre sim, um Direct Drive, desde que não seja os Gradiente de braço fino, jamais. Espere achar um Polyvox TD 3000, TD 6000 (Não compre jamais o TD 5000) ou outro de outra marca (me mantenha informado) desde que seja DD, sigla DD antes de qq nº do toca-discos. Tem que ter braço em "S" ou em "J" que também se chama "SME". Os braços são do tipo médio, cromados e aceitam QUALQUER TIPO DE CÁPSULA SÉCULO 21. Principalmente as que v. compra com cartão Mastercard ou Visa Internacional na http://www.needledoctor.com/ ou na Rua Santa Ifigênia em São Paulo, desde que seja uma Ortophon Concorde, uma Shure ou outra das que tem lá na http://www.needledoctor.com/ na opção "Cartridges", > "budget cartridges". Aí V. escolhe. tem que ser uma tipo "Standard", e não "P-Mount". Compre junto com a headshell nova, pois ela influi muito na ressonância e isso significa médios claros e agudos perfeitos! Boa sorte e NÃO SE PRECIPITE COM APARELHOS de 5ª classe. V. pode gastar de 150 a 200 num receiver, 70 a 100 num toca-discos DD ou Direct Drive e pagar 120 mais ou menos importando uma cápsula com shell da Audio Technica. Sabe, jogar um LP num 3 X 1 desses aí com agulha estragada não é bom negócio cara... Até desmoraliza o LP. Espere. faça a coisa certa.Abraços Joaquim.*Bom dia.E um equipamento como você descreveu custa mais ou menos quanto? Pergunto porque no momento não disponho de muito mais que 300 reais... quanto aos sistemas de tração, o aclamado RP II também é Belt Drive e muitos Marantz também. Já li por aí que o melhor mesmo é o Direct Drive.... Por ele ser modular, eu não poderia ir substituindo aos poucos? Pergunto porque estou desesperado para ouir minhas bolachas e me surgiu esse aparelho. Moro em Bluemenau e esse tipo de equipamento preifro testar para usar. por isso queria saber. Obrigado desde já.*Em 09/07/08, Joaquim respondeu:Veja bem, um belt drive para ser bom, tem que ser belt-drive de audiófilo mas NÃO da linha comercial... Os toca-discos de audiófilos todos são belt-drive no mundo inteiro, mas são belts que começam com 1.000 dólares e seguem por 2, 3 10 mil dólares até 149 mil dólares. Porque: Porque são feitos no chamado "State of Art" da Engenharia Mecânica. Então a borracha é a melhor do mundo, o "pino" que roda a borracha (polia) é de aço inoxidável, os motores são os melhores, o controle de roração é o melhor... tudo para justificar, por exemplo, um Clear Áudio Soluction custar 5.000 dólares. Agora um RP-II: Em primeiro lugar, ainda que pretenciosamente destinado pela Gradiente aos audiófilos, é um toca discos barato e comercial e não traz os refinamentos dos verdadeiros belt-drive de audiófilo, que custam caro e muito caro. V. já verificou se a polia do RP-II é de aço inoxidável ou de titânio, para evitar o desgaste e o consequente ruído no prato e consequentemente no disco e no som em geral? A polia de metal ordinário (amarelo) se desgasta, diminiu de diâmetro desigualmente (se ovaliza) e conduz ruído ao sistema. E não adianta ter pich, porque ele só vai regular a rotação, mas não vai retirar o incremento do barulho que os belt-drive comerciais (mesmo o RP-II) tem. As pessoas que falam isso, nunca mediram a relação sinal-ruído de um belt drive RP-II depois de 30 anos. E um belt-drive comercial, vendido em larga escala e barato em comparação com os belts importados State-of-Art, nunca, mas jamais vai superar o desempenho em ruído em relação a um Direc-Drive onde não há contato do motor com o prato, já que o eixo do motor é o próprio eixo do prato, ok? Agora se v. está sem grana e está muito afim de ouvir LP, compre um 3x1 ou coisa que v. depois possa de desfazer logo depois que comprar um Receiver e um DD, porque senão estará jogando dinheiro fora.Outra coisa: Marantz toca-discos belt drive? Pode existir, claro, Sony, etc. Essas marcas são afamadas pelos seus Amplificadores e Receivers, não pelos toca-discos... A não ser os DD.Abraços e veja como vai gastar seu dinheiro. Eu sei que a vontade de escutar um LP é muito boa e grande para quem está há muito tempo sem ouvir LP. Mas dinheiro não dá para desperdiçar, está difícil de conseguir, v. sabe. Noutro email te mandarei alguns exemplos de TD de audiófilo de alto-nível, não comerciais de grande escala, como o RP-II. Joaquim.
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Em 10/07/08, Marcos Fernando escreveu:
Olá Joaquim.
Acho que você me convenceu. De repente me deu um estalo de procurar em Eletrônicas. Muitas pessoas levam seus aparelhos para consertar e nunca mais voltam. Assim, além de um preço "em conta" posso conseguir um toca discos melhorzinho, como os direct drives. Me contentaria a princípio com a capsula e agulha originais, e num momento futuro substituiria por uma Shure ou algo assim....Depois que mandei o email eu li que iria gastar uns 170 reais em um receiver e uns 100 em um Toca Discos direct drive... soa bem mais interessante. As caixas do meu Sanyo são aquelas grandes de 3 em 1 dos anos 70 e têm um som muito legal....Novamente obrigado.Em 10/07/08, Joaquim repondeu:Pois é, devemos investir num som bom! Senão, além de você ficar escutando metade do som que você poderia escutar (em Graves, médios e agudos), ou seja, escutando um péssimo som, v. ainda desmoraliza o coitadinho do LP! LP só toca bem em som bom. Shell, cápsula, braço, peso do toca-discos, potencia do Receiver, tudo isso influi no resultado final! Bem que v. notou isso, ajuizadamente. É melhor esperar mais e comprar coisa boa. E tem mais: Ruído, seja de polia/correia ou rumble, cancela GRAVE! Ou seja, entra em ressonância já no cantilever (ressonância fora de fase) e cancela importantes freqüências de graves. Ou seja, quem tem belt comercial está perdendo Grave. Joaquim. Fora que você vai passar a vida inteira trocando correia... e correia mal feita, apertada, dá problema, se o fornecedor não for bom. Piora o Ruído e desgasta o rolamento do eixo. Joaquim, Em 10/07/2008.
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Marcos Fernando escreveu: E outra coisa..... Você falou do modêlo TD 5000 da Polyvox... O que ele tem de tão ruim? Muda muito de um 5000 para o 6000? Por isso eu vou ver... Não posso comprar novo, né... universitário é sempre falido, “kkk”, mas quero ver nas eletrônicas amanhã à tarde. Capaz de eu achar algum legal por lá. Vou ficar de olho nesses Polyvox. Aliás, o TD 5000/6000 é muito bonito, viu! Adorei o desgin dele! Isso num receiver bacana deve dar um som absurdo!Joaquim respondeu:Não, não, não estou mandando v. comprar nada novo, a sugestão é da mesma aparelhagem que tenho: TD 6000 Polyvox + Gradiente Receiver 1360. Tudo usado. Inclusive o trafo de força do meu já foi re-errolado! P’ra Ter qualidade não se precisa nem de luxo, nem de grana alta: Se precisa de conhecimento. Inteligência. Só isso. Marcos Fernando Simon escreveu:Ahhh entendi... Não interpretei como se você estivesse mandando comprar o equipamento como o seu. Só que vi o toca discos e li um pouco sobre ele e fiquei impressinado pela qualidade. Estou achando vários toca discos aqui, mas a maioria é em 3 em 1 (como o que eu tenho senão pior) e não devem ser grande coisa.... Mas a hora que eu achar um decente...t+
Joaquim respondeu, em 11/07/2008: Pois é, o TD 5000 foi um fracasso de projeto da Polyvox, apesar de cheio de frescuras, como pich controlado a quartzo. Isso exigia um circuito que eles não tinham experiência na época pra desenvolver. Daí que os defeitos começaram e enquanto esse integrado estava disponível, era só trocar... Mas depois... Quem fabricava não se interessou mais, pois era a era do CD que se iniciava 1987,88... Então a Polyvox acordou do sonho e voltou para o mundo manual e criou o imbatível Polyvox TD 6000, manual, pich manual, só com strobo. E tratou de colocar lá dois potenciômetros que fincionam perfeitamente até hoje. Nada como o simples correto. Igual a NIKON FM2, toda manual, melhor mecânica de Câmera Fotográfica do Mundo! Nunca dá defeito. Só precisa de limpeza de lente como toda e qualquer máquina do mundo, inclusive as máquinas digitais, que pra mim nuncam vão fazer foto de verdade. Nem as de 20.000 reais. Procure no Google sobre o Polyvox TD 6000. Motor de 8 pólos. O melhor que se podia fazer no Brasil. Um ponta de linha na época. Ameaçou tanto que a Gradiente comprou a Polyvox, porque senão ela iria falir, pois não tinha a genialidade do Dono da Polyvox.No site http://www.audiorama.com.br/ procure "Polyvox" e depois, toca-discos. Ele está lá.Se eu achar um material histórico sobre ele, eu te mando.E veja que a relação sinal-ruído dele é melhor que a do TD 5000... Parecia que a Polyvox queria se redimir de um grande erro com o seu cliente e aí deixou-nos de herança o TD 6000... O último da Polyvox antes do golpe comercial da Gradiente. Ficou a lenda. Abraços, Joaquim. Veja-o em http://www.audiorama.com.br/polyvox/toca_discos.htm#TD-6000
E finalmente, observe: São -65dB SPL do TD 5000 contra -70dB SPL do Polyvox TD 6000. Só pra você ter uma idéia, os toca-discos de audiófilo de 5, 10, 20 30 mil reais, suspensão a vácuo não superam a faixa dos -80dB SPL que já é uma coisa extraordinária! O CD por exemplo, tem -88dB Full Scale de noise-ratio (Mas não tem fidelidade, nem graves). Pode ter pureza de som, somente.Abraços, Joaquim. 
Em 11/07/2008.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Shampoo no LP... pelo amor de Deus!

Como sempre, muitas práticas e crenças absurdas e desavisadas sobre a conservação e o uso de LP's (Vinis). vejam abaixo respostas retiradas de salas de bate papo.

Um certo participante afiramava que o LP ia se desgastando e que seria melhor passar para CD, que durava 100 anos... pela madrugada! Respondi: Um LP JAMAIS SE DANIFICA, sozinho. Agora um CD, sim, mesmo parado em cima de uma mesa ele está oxidando a camada refletiva e não tocará mais quando existirem 200 pontos de oxidação ou 200 Bler - Blocks errors, segundo o Red Book da Philips. Sem contar com a gordura das mãos que também faz essa mesma contaminção, através das porosidades microscópicas do Policarbonato que o reveste. UM CD só dura, se v. não o tirar da capa lacrada, se v. não o tirar do lacre. Agora LP, as pessoas "destroem" por ignorância no uso, mas seu material é indiferente a: OXIDAÇÃO, GORDURA, FUNGOS E QUALQUER PORCARIA. O Vinil (PVC) é um material quimicamente INERTE, não se altera com o tempo. Quem pensa que está ganhando passando de LP pra CD ou mp3 está é PERDENDO, se arriscando a NUNCA mais ouvir a sua música. Vinis são praticamente eternos se normalmente cuidados, a matéria que os compõe é simples: É só PVC + corante. Já o CD tem: Verniz fino (de qualidade?) nas suas costas, Policarbonato (que pode ser Cianina, Phtalo-cianina, Formazan ou Azo-Metallic) e uma finíssima camada de alumínio chamada "Reflective Layer". Ou seja, é um produto complexo, sujeito a uma produção mais delicada e controlada e mais factível de erros de produção como fungos e bactérias presentes no ar da sua indéstria. Então, vai de Vinil ou CD? Continuando: Todas os fornecedores, sem exceção de alguma, não dão 10 anos para um CD pelas razões que apontei acima. Leia meu blog e entenda tudo sobre CD, se quiser. E sobre vinil. O Site é: http://vinilnaveia.blogspot.com/ já são 4 anos de pesquisa internacional e já estou no 3° blog vinilnaveia, sempre com a mesma seriedade de pesquisa, baseada em engenheiros, eletrônicos, mecânicos e químicos. E antes de esquecer: Nesse meu blog tem um item que menciona que foi feito um teste pelos engenheiros da STANTON MAGNETICS ONDE uma faixa foi tocada 80.000 vezes, respeitando as 500 horas de validade de cada agulha de diamante do teste e não foi constatado NENHUM sequer desgaste em nehuma parte do sulco. O exame foi feito por MEV - Microscópio Eletrônico de Varredura. Isso está no meu blog, com link e tudo. Sem falar que um sulco sempre tem uma parte mais virgem, já que é impossível todas as agulhas tocarem no sulco exatamente no mesmo lugar, o que te dá uma vantagem extra. Vai de CD ou LP?

LP caro? Nos sebos v. encontra a 1 real. Isso é caro? E às vezes estão perfeitos, sem uso ou quase nenhum, inclusive com a capa plástica interna até esfarinhando e grudada de tanto estar parado. Aí v. compra esse LP apenas sujo, sem arranhão qualquer, e vai no meu outro blog, o http://limpezadevinis.blogspot.com/ e depois de uma ou 2 lavagens, e uma agulha NOVA (por favor), v. tem um som puro e de fidelidade. E com a certeza de um sinal de áudio igualzinho ao captado pela banda na hora da gravação, sem perdas, e com +6dB de Grave de que qualquer CD. O que acha disso? Abraços.
*
Copiar de LP para CD é estragar de LP para CD!
Fazer cópia é apenas enganar-se se pretende duração. Um dia teu CD não vai mais abrir ou tocar. A oxidação é um processo irreversível como já falei atrás. E você pode escutar seu LP 80.000 vezes, se quiser. Há muita desinformação. Leia meu blog, 5 anos de pesquisa lá fora, no exterior, com engenheiros de áudio, químicos e engenheiros em informática, e doutores em musicalidade. (USP - Iazzetta).

Nem assim, DJ Moreno, por causa do erro de quantização que é incapaz de reproduzir exatamente as milivoltagens do sinal de áudio original, que é representado no ociloscópio por uma onda senoidal. Por exemplo: Se existe um "nível" na onda no grafico cartesiano com o valor de 1,75 mv (um e setenta e cinco milivolts), o CD só copia isso pra 2 milivolts. Entendeu? Se o valor for 1,50 mv, o CD copia ou pra 1 mv ou 2 mv!!!! Isso dá muita perda nos Formantes dos intrumentos e nos harmônicos (que são mais de 10...) que cada nota tem, já que, por exemplo, um simples "Lá" é um sanduícje de no mínimo 10 notas combinadas, chamadas compostos de Fourier ou Harmônicos de Fourier. Isso dá uma perda danada na fidelidade de nos meio-tons de graves de cada nota! É por isso é que fica metálico o som do CD e há muita distorção próximo aos 20 khz, já que ali a amostragem chegou ao limite crítico! E nem SACD, HD AAC resolve isso, pois são fatores inerentes de qualquer digitalização! É o erro de Quantização (item 19 do meu blog http://vinilnaveia.blogspot.com ) limitado a condição binária de 0 e 1 valor. Não tem jeito. Só se o sistema fosse "nonário", de (0 a 9), aí seria quase a perfeição, mas ainda esbarraria nos +6dB SPL que o CD não consegue de grave, já que ele não pode passar de zero (0dB Full Scale) na hora da masterização, senão ocorre o fenômeno da "clipagem". A industria Philips/Sony enganou muita gente, mas não os audiófilos e engenheiros. Um abraço e boa noite.

* O Blue-Ray é outra enganação, pois eles aproximaram muito os pits gerando uma possibilidade maior de erros de leitura (na hora do sampleamento, oversampling ou simplesmente interpolação). Gente, tem tanta enganação na indústria... outra enganação é a máquina digital com suas fotos achatadas. Uma máquina analógica comum, de lente de cristal (nitidez), com um mísero filme de 6 reais de 100 ASA te dá 60 megapixels! (Se v., para efeito de exemplo, tomar haleto de prata por pixel, né?) Vai o blog pra isso: 24 mar excluir Joaquim

Para P P.
Amigo, não use shampoo jamais num LP. V. coloca um "filme" em cima do PVC e impede a fusão agulha+PVC que atinge no momento do atrito, a temperatura ideal do toque (contato) para a perfeita reprodução. Não existe "hidratante de PVC: Expôs muito à luminosidade (expôs aos raios UVA e UVB), v. degrada a composição do PVC (material do vinil) e isso não tem volta. Não é como hidratar outro material, como madeira, queratina (cabelos), etc. Seria interessante que o amigo lesse a parte final do meu blog-pesquisa sobre limpeza de vinis. Lá no item 12, do tópico "JAMAIS USE ISTO NUM VINIL", leia no item 12: "12. Shampoo: Contém Lauril Éter Sulfato de Sódio. Se for um shampoo barato, resseca o LP. Se o shampoo é caro, contém sobre-engordurantes, mantenedores de espuma e filmógenos, que aderem ao cabelo e funcionam como película envolvendo-o para evitar a saponificação. E se é película, vai prejudicar a fusão agulha+cristas dos sulcos, fator essencial e previsto em engenharia de áudio para a produção correta do som, além do "efeito escorrega", que é destrutivo das altas freqüências, como já descrito acima".

Digital minha gente, é pra inglês ver. É brinquedo
http://fotografianalogica.blogspot.com - lá tem tudo que v. precisa saber da enganação que é a tal da máquina digital, que eu, por exemplo, só quero pra envio rápido de imagens (não são fotos, foto é PAPEL) e pra usar como xerox.

Acho legal usar como OPÇÃO, mas não como SUBSTITUIÇÃO da máquina de Filme, jamais, ainda mais que os preços das Nikon FM2 e Canon baixaram consideravelmente.
Processadores distorcem cores... há tanta coisa para vocês saberem. Chega, deixa pra lá. Vamos de vinil que não suja agulha! Abcs E boa noite!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Respostas em diversos blogs, fori, sites e e-mails.



Comentaram acusando o vinil de "chiar"...

Joaquim Martins Cutrim disse...

Quem fala que vinil chia não sabe o que áudio! Pela madrugada, meu amigo, v. não sabe o que é aúdio, nunca teve um toca-disco que prestasse, nem cápsula, nem ampli, e nunca soube cuidar de um vinil. Aliás, não sabe o que é som analógico! Faça um curso e descubra que vinil não chia, aliás, melhor que o som dele, só o da banda ao vivo! Se quiser saber ou entender sobre vinis e toca-discos, estude meu blog (pesquisa refernciada internacionalmente).(http://vinilnaveia.blogspot.com/ ). Quanto a chamar a atenção de gravadoras, investidores, acho que basta que cada um faça a sua propaganda individual, como o Luciano Huk, no seu programa de sábado; A Rebook; O Uísque Teachers, a Claro, A Tim e muitos que vejo aí usando toca-discos e LP's em suas publicidades. Joaquim, dono do blog Vinilnaveia. joaquim777@gmail.com

24.5.08

Joaquim Martins Cutrim disse...
Outra coisa: A cultura da substituição 'obrigatória' de tecnologia é uma coisa burra e só existe em países subdesenvolvidos onde o consumidor tem baixo nível de informação. Coisa de moda ou medo de identificar com o que a indústria e a massa acham obsoleto. Quer ver? Muitos acham que a fotografia (imagem) digital é melhor que a analógica (de filme). Veja: A duas fotos na mão, no papel, uma impressa na melhor impressora do mundo ou plotter e a outra apenas revelada num minilab qualquer, filme de 100 ASA. Batidas uma numa máquina de 12 megapixels e a outra numa Nikon FM. Quem tem a melhor resolução e imagem? A "foto" digital, por melhor que seja a resolução de impressora ou plotter, nunca passará de 4.800 pontos e raramente 5.600 pontos por polegada quadrada. Não adianta ter 12 megapixels: As impressoras não passam de 3.200/4.800/5.600 interpolados. Lembrando sempre que imprimir é uma forma de pintar. Estão incluídos aí também as laser e jato de cera. E as fotos de filme? Sem compraração... Chega ser a até covardia: Uma simples foto, batida aí na Nikon falada, no foco, tem 60 milhões de pontos por polegada quadrada! Ou seja, pontos a nível molecular! Haletos de prata (que inclusive a tecnologia atual os reduziu ainda mais). E quanto mais baixa a ASA, maior resolução: ASA 64 = 100 milhões de pontos, ASA 25 = 140 milhões de pontos... 12 megapixels? Só no monitor, e pra enxergar, ele tem que ser do tamanho de uma parede senão v. só vai enxergar o poro do cara... Isso sem falar na foto "achatada" que resulta essa baixa resolução, pois nitidez não se confunde com profundidade, coisa que a foto analógica tem de sobra com seus 60 milhões de pontos dentro do foco. Monitores de 15, 17 e 20 jamais encaixarão 12 milhões de pontos. E "fotos" digitais, mesmo que ampliadas, nunca ultrapassarão o que dá um plotter ou uma impressora: No máximo 5.600 pontos por polegada quadrada (ppp)ou dot per inch. Agora me diga: Uma tecnologia sempre supera a outra? Ou é uma questão de tipo de uso? Quem é melhor, o lápis ou a caneta? O Lápis, claro, que escreve de cabeça para baixo e no vácuo espacial. E a bateria que mais dura no mundo, que guarda energia por mais tempo? Não, não... nada disso... é uma simples caixa de fósforo. E quem ousa a não ter uma vela em casa? A industria faz o que quer com a cabeça do consumidor, esse aí, que não lê e não pensa, o da massa. Joaquim. joaquim777@gmail.com

24.5.08

Joaquim Martins Cutrim disse...
Não é substituir, é sempre ACRESCENTAR! Na Europa, japão, EUA, a mentalidade é essa: Se acrescenta, não se substitui, a não ser que haja um avanço real e completo, o que dificilmente ocorre, se houver uma investigação profunda. E se informar, pois a indústria não fala dos defeitos e MENTE. Mente pro consumidor. Exemplo: Máquina com 8 megapixels... pra que? V. vai impimir um poster de 60X80? Ou um de 120X140? Ou vai apenas imprimir uma fotinho 10 por 15? Em todos os casos, 4.800 ou no máximo, 5.600 será a sua pobre resolução. Com o vinil é a mesma coisa: A "resolução" do sinal analógico (leia-se, Dr. Vinil) é infinita, pois o sinal não é fatiado (amostrado), não perdendo os Compostos de Fourier (Harmônicos e Formantes). Isso na gravação Estilo Living Stereo, se possível (AAA). A tensão de saída de uma cápsula, que não é linear como o DAC, os +6dBSPL de graves que um vinil bota nos seus ouvidos (CD não pode ultrapassar 0dB FS sem clippar e a limitação dá uma achatamento das altas hertzianas). Um engenheiro renomado - L. Paracampo - www.novacon.com - já diz: Não existe tecnologia ultrapassada, o que existe é tecnologia INADEQUADA para um caso ou outro. E eu digo: Não toda "novidade" é avanço, realmente. Nem toda tecnologia nova posta no mercado, É, REALMENTE, AVANÇO! TEM MUITA, MAS MUITA MENTIRA. Veja as TV's de Plasma... As de LCD... que horror, dar 5 ou 10.000 reais numa imagem distorcida... Que o LEIGÃO não nota... Outra: HDTV... Repare se ela tem brilho, como uma boa imagem analógica. Me diga depois. 0 e 1 sempre será um problema. Problema para áudio e vídeo.

Joaquim Martins Cutrim disse...
E sobre a volta do Vinil: Leia esses artigos desse ano:
http://revolucaoliteraria.blogspot.com/2008/04/volta-do-vinil.html
http://folhamocambique.wordpress.com/2008/05/21/a-volta-do-vinil/
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=23426
http://www.rollingstone.com.br/materia.aspx?
http://lagrimapsicodelica.blogspot.com/2008/05/campanha-pela-volta-do-vinil.html
http://www.revistamercado.com.br/mercado.qps/Ref/KATA-79ENLK

Gravadoras: terão que investir numa NEUMANN VMS-82 LATHE (Corte). 650 Watts por canal. Atualmente o sistema é o do master de cobre pirofosfato (O corte não é mais feito no acetato, na melhor tecnologia. É direto no disco de cobre). (Veja no site do Pauler Acoustics). Mais informações, http://vinilnaveia3.blogspot.com ; http://vinilnaveia2.blogspot.com e http://vinilnaveia.blogspot.com

25.5.08


Joaquim Martins Cutrim disse...
Respondendo aí pro colega:

A volta de carburadores? Há quem curta... Um bom e velho Maverick V-8... Veja nos Estados Unidos aviões da 2ª guerra recuperados e voando em shows aéreos, tipo UshKosh. Carrões restaurados roncando lindo... Qual o problema? Será que as coisas tem que ser sempre monoculturais, e nada de diversividade? Pluriculturalidade é a palavra da moda. Leitores de cartões perfurados, ao invés de pendrive? Qual o problema? Se no lugar a energia for ruim ou não tiver, eles funcionarão melhor... Pendrive é bom. Mas cuidado, não é deus, falha, como qualquer componente eletrônico e te deixa na mão: são memórias voláteis, com chaves flip-flop, frágeis. Dependem de estabilidade de material, temperatura, choque físico etc. cuidados... TV preto e branco, no lugar da a cabo... Qual o problema com a poesia da Foto Preto e Branco? E porque é que eu tenho que seguir a boiada e não ter opções para sonhar? Para variar? Sensibilidade... falta sensibilidade. Falta poesia na vida de muitos. Viva a super-8 e também o VHS, o Super VHS e as digitais... Qual o problema? Diversividade, pluriculturalidade tecnológica enriquece mais que empobrece. Ele disse: "Talvez possamos voltar a utilizar os correios para cartas" (UÉ? EU UTILIZO tanto email quanto cartinha pra garota ver a minha grafia... a minha letra. Letra bonita pesa... sabia? Revela a personalidade. Agora tem tem tanta gente que só consegue escrever garranchos que é melhor se esconder mesmo num e-mail, e nem sempre com o melhor português. "Internet então..." Sabe qual é o problema? As pessoas que tem dificuldades de relacionamento preferem o chats... É mêdo do outro, ao vivo! Fazer terapia, é o remédio. As pessoas estão com mêdo de paquerar ao vivo... De ir lá e dar aquela CANTADA magistral! Mulher gosta! Obs: A Internet é uma biblioteca ultra rápida, nada mais que isso. Mas é preciso filtrar, ser seletivo, tem muita bobagem, muita coisa sem referência bibliográfica.
"E que tal voltar a usar ferro a carvão?" Qual é o problema? No mato, sem eletricidade, ele será o campeão. E churrasco ainda é melhor com carvão! Nada de eletricidade, senão não tem o gostinho do barbecue... "E banho frio?" Bom, pára... Aí foi falta de informação... O banho frio aumenta as defesas imunológicas do ser humano. Principalmente para os alérgicos. Carro-de-boi no lugar de metrô? Piada... quero ver v. usar metrô na subida aos Andes ou em Machú-Pichu. Lá só dá ele e no final da trilha, o bom e velho JUMENTO! HA ha ha...
PERGUNTO: Porque se tem que eliminar necessariamente ao invés de acrescentar a conquistas, poéticas ou tecnológicas do homem? Acrescentar sempre, esse é o lado inteligente da vida. Do ser. Quem só quer se identificar com novas tecnologias descartando as antigas precisa é de um bom psicólogo, tá com Mêdo de se sentir obsoleto, inculto... precisa passar isso por fora... haja insegurança e falta de personalidade, ou melhor, autenticidade. Faça uma terapia e assuma o que gosta.
25.5.08 e 26.5.08:
Joaquim Martins Cutrim disse...
Sinceramente, não vejo vantagem no digital para áudio e vídeo. Em áudio o limite é zero decibel e isso limita muito o engenheiro, pois a dinâmica fica achatada nas altas freqüências e há perda de harmônicos e formantes por causa da quantização imperfeita que mesmo aumentada, não resolve. No vídeo, a quantização imperfeita se manifesta por imagens nítidas, porém sem brilho (brilho requer espaço e resolução perfeita) e o resultado são imagens em que a pessoa parece um boneco de cêra. Mesmo na HDTV. É um problema do digital. Seria muito melhor uma Hight Definition Television (HDTV) analógica, onde não se perde nada. É melhor aqui e ali se conviver com um leve fantasminha ao se ter bonecos de cêra na tela, sem brilho, sem gotas de suor. joaquim777@gmail.com Blog: http://fotografianalogica.blogspot.com/

26.5.08

GRAVETOS e BERLOTAS disse...
Beleza de comentários, JMC. É tudo o que penso sobre tecnologia e sua melhor aplicação, só que fundamentada por quem entende muito dessa tranqueira. Em breve, vou lhe fazer uma visita no Vinil Na Veia, meu caro.
[]ões

27.5.08

Parabéns pelo cuidado científico com a audição e as mídias. Eu não uso Triton-X, pois além de ser caro, meu método de limpeza, vale dizer, lavagem, surte o mesmo efeito e para ser sincero, acredito ser melhor. Ultrassom: Como vamos ficar garantidos que ele "quebra" ou remove todas as partículas duras? E as moles? Seria necessário um MEV para confirmar isso a cada limpeza. Mas pelo menos se sua agulha não suja depois da segunda lavagem (na primeira sempre sai alguma coisa), tá bom. Outra coisa: Esse ultra-som pode destruir as cristas de alta freqüência. Alguém já pesquisou isso em laboratório, examinando antes e depois com o MEV?Agora porque acredito ser meu método o melhor? Primeiro, consultei vários Químicos (formados, graduados e pós-graduados em química) acerca do detergente diluído: Todos foram unânimes em me afirmar que não existe produto com ação mais múltipla para retirar sujeira e me garantiram que seus ftalatos diluídos com água destilada (ou mesmo de torneira) não prejudicarão e nem tirarão a estabilidade do policloreto de vinila de que é feito o LP. Até porque a aplicação e retirada não dura mais que 1 minuto. Depois é só água corrente, abundante e v. passando a mão como quem passa a mão num prato: Quem lava louça sabe quando não há mais nada de detergente em cima do prato. O Mesmo vale para o LP: V. passa a mão durante a caída da água até sentir o travamento, aí não tem mais nada de detergente. Esse método, sem eu saber, já era usado pelas rádios do Rio desde os tempos do LP. Uso tapa selos, como descrevo no meu blog http://limpezadevinis.blogspot.com/ Consultei a fábrica da Ypê e eles disseram que não há nenhuma pesquisa que indique que o detergente afete ou prejudique o PVC. Desse modo, me senti seguro para usar o detergente à vontade. (Álcool jamais, mesmo diluído - não serve pra nada - pois segundo os químicos álcool por não ser tensoativo não retira gordura e nem outras substâncias que se depositam nos sulcos. A bem da verdade científica e da boa audição, acho que o seu método não limpa bem, desculpe-me desde já, pois sei que trato com pessoa de extrema delicadeza. Microondas não retirariam tudo e o que ficasse o Triton apenas se encarregaria de trocar de um lugar para outro, ou seja, espalharia a sujeira, o resto que "ficou" da varredura das microondas. Agora repito: Microondas são partículas físicas (átomos) cheias de energia - isso quer dizer, calor. E isso pode enfraquecer as cristas de alta freqüência. Mas se este método está dando certo para você, de alguma forma e ele te satisfaz e te dá confiança, não há porque não continuar com ele. Um grande abraço, Joaquim. joaquim777@gmail.com
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Perguntaram-me se o aumento da amostragem não teria superado o problema do CD de áudio (44.1 a.s e 16 bits).
Minha resposta: O som do CD é numérico. E está limitado à um código que não consegue copiar com perfeição a onda senoidal analógica. (Mas p’ra que copiar se eu posso ter o som original no LP?) Daí as perdas inerentes ao processo digital. É o erro de quantização. E não adianta subir a amostragem como no SACD, pois mesmo que se mudem os algoritmos o processo sempre vai esbarrar em um limite para a amostragem, pois é sabido que quanto mais se aumenta a amostragem, mais se insere ruído (Erro de dithering). Daí o som excessivamente brilhante do CD abafando os graves e retirando a moldura harmônica de cada freqüência de cada nota (Os Componentes de Fourier, que precisam ser exatos). (V. já reparou que todas as notas médias e agudas de um CD tem pouco grave encorpando?) Outra coisa é mais sintetização no produto final: V. sabia que quando v. escuta um CD, metade do som está no CD, e a outra metade é feita na hora no CDA – conversor analógico digital? Pois é, um som sintético, uma bela flor de plástico... Tudo em nome da pureza do som, em detrimento da fidelidade cheia que você encontra no vinil. No CD você tem pureza de som. No vinil, você tem pureza de música, vale dizer, fidelidade, o som integral, mesmo com alguns ruídos (estalos de estática, etc.), mas paralelos ao som natural, original, nunca ruídos que alterem o timbre da nota como acontece no CD (O fenômeno da metalização do som, pela inserção de ruído da imperfeita quantização). E por último, a limitação do 0dB FS na gravação digital. No analógico v. pode ultrapassar o 0dB FullScale (FS) com alguma compressão para proteger trabalho nos picos de bateria, por exemplo (Mas quase toda gravação tem compressão, diferente daquela lá do mp3, que é outra coisa). No meu blog, na seção “Leitores”, um amigo traça um importante comentário a respeito sobre isso do 0 dB do digital e do – 3dB do analógico.
E em fita cassette, você não só pode como deve ir até os + 6 dB SPL nos picos, para deixar o “hiss” inaudível.
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Sua citação:"Ah, e uma pergunta: De que adianta se prensar vinil hoje no Brasil , se quase todas as gravaões em solo tupiniquim são digitais? Pois tudo passa pelo Pro Tools".

"É a mesma coisa que pegar o áudio de um "SACD" e cortar em vinil..."
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(Cometeu um grande equívoco!). Hugo, é preciso ter um pouco mais de conhecimento universal sobre este assunto para fazer esse comentário, que apesar de bem intencionado, não foi ao ponto...

1. Em primeiro lugar (1ª pt. da citação), o Brasil não é referência em áudio: Alemanha o é, em 1° lugar, e em 2°, Estados Unidos. Então, ficarmos "presos" ao solo tupiniquim, seria parar de evoluir ou p'ra falar a verdade, involuir.
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2. Nem todos os cantores querem interferência digital nas suas prensagens em vinil. Eu já fui consultado por um cantor (que não posso revelar o nome) sobre analógico ponta a ponta e lhe mandei procurar uma certa prensadora nos EUA, além da Pauler acoustics na Alemanha. E ele foi pra lá.
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3. Que história é essa de que tudo passa pelo PRO TOOLS? Pro tools é como o "word"... se v. falasse NAGRA, seria um bom começo. Mas não é assim: Há prensadores no exterior que primam pelo Living Stereo puro. Living Stereo foi e é o pai de todas as técnicas analógicas ponta-a-ponta. No meu site http://vinilnaveia3.blogspot.com há uma explicação das diferenças entre o pai do analógico ponta-a-ponta e o pai do analógico interferido com digital. Então não é assim não. Há que prefira analógico puro (Compressores analógicos) e há quem prefira a interferência digital no processo. Mas mesmo nos dois casos, um vinil interferido de analágico ainda soará melhor do que um CD por causa do loop infinito do sinal que não é comprimido nem convertido, além de uma cápsula não cometer erros e leitura de over sampling (até 200 bler) e ter uma tensão de saída linear e aceitar + 3dBSPL, até + 6dBSPL sem distorcer que é coisa que nehum DAC consegue já que está preso ao 0dB FS na saída. Nota: Compressão analógica não é o mesmo que compressão digital. A primeira diminui a tensão de saída do sinal enviado pelo microfone "x" (Ou da bateria, p.ex.) para não superar os +6 decibéis SPL, mas não "retalha" o sinal, como faz a compressão digital.
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4. Hoje em dia, a unanimidade das masterizações faz justamente o contrário do que v. falou: Eles masterizam em SACD, HD AAC, Blue Ray e "esquentam" em fita magnética de 2 polegadas (Essas fitas sõ vendidas "0km" pela RMGI), pelas propriedades de saturação controlada e possibilidade de gravação alta (até +6dBSPL) (dependendo da dinâmica da música) para emadeirar os instrumentos acústicos da gravação, além da suavização ou aveludamento (Silking) e aí só depois desse processo, é que tudo é reconvertido em digital. Fazem isso para retirar a metalização característica dos masteres puros digitais. Quase ninguém lá fora grava só com computador (leia-se, processador). O fenômeno da saturaçao magnética quebra os cantos da onda quadrada digital. Então pensar que tudo é digital, é um equívoco: O Analógico é o princípio de tudo, até porque tudo que é vivo no mundo, é analógico, inclusive o nosso cérebro e ouvidos.
5. DMM. Há, no Estúdio da Pauler, gravações direto da banda pro vinil. E este vinil está à venda lá. (Se é que não já se esgotou).
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6. E pra finalizar, o povão é o povão, existe nicho mercadológico pra todos os gostos. NÃO PODEMOS COMETER O PECADO AQUI NO BRASIL DE NOS NIVELARMOS PELO POVÃO "SEM ORELHA"... e lamentavelmente (Digo de coração), sem dinheiro. Nós, que temos cultura sonora temos que batalhar sim pelo nosso nicho mercadológico que é o da qualidade e não o da inferioridade total musical, lamento a sinceridade. Repito: Quem leva um país adiante, é o indivíduo culto e não o desprovido de conhecimento, e no caso, de evolução acústico-percepcional. O Vinil terá um mercado talvez menos, ms o terá, um mercado qualificado, a exemplo do que ocorre com os carros: Há quem compre Corolla, Honda, Mercedes e há quem compre os populares, mil, etc. Abcs.
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E sobre a antiga PolysomBrasil de William Carvalho.
Mercecia um "upgrade sim". O DMM. O ministério da cultura poderia contratar o intituto Fraunhofer em Stutgart - Almenha para cuidar da acústica e microfones e adquirir para a polysom uma NEUMANN VMS-82, que corta direto no cobre pirofosfato e a prensagem do vinil produz um áudio superior ao da galvanoplastia. (Principalmente em relação ao ruído de fundo e cristas de alta freqüência). Isso sim, seria preservar a prensagem de vinil no Brasil como preservação de cultura que o vinil é, com todos os seus elementos diferenciadores da mídia digital. Vinil é vinil. Prata é Prata. Pixel é Pixel, constuma dizer um conhecido... São prazeres diferentes, um está mais para escutar qualquer som, o outro, está mais para ouvir música de largo espectro (Bandwith alta e altura de graves) a curtição do trabalho gráfico de uma capa de LP, duplo ou não. Cada um paga por isso o que tem no bolso. E todos dormem em paz. Nada de massificação: Massificar o consumo de uma nação é uma involução, repito. É a nivelação por baixo.
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Nota: Os LP's de cantores famosos daqui e do exterior estão vindo, a maioria, com uma senha para download em mp3 de todo o LP. Este é o caminho que a indústria fonográfica está começando a adotar, AGORA.
Abcs.
O que evoluiu da Galvanoplastia para o DMM.
No meu segundo blog, o http://vinilnaveia2.blogspot.com há minunciosamente traduzido do Alemão a evolução da chamada "Galva" (Galvanoplastia) (Prensagem de LP por galvanoplastia) para o DMM - Direct Metal Mastering. Acho que vale a pena ler, está bem no começo (Mas é todo o texto sobre o DMM). Aí v. entenderá que o vinil evoluiu mesmo. Não há mais o problema da última faixa e os teclados podem ser colocados em qualquer posição do sulco do LP, que aliás, ficou mais estreito possibilitando maior programa musical. Abraços, Joaquim.
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Oi Amigo, tudo bem? Olha, respeito o teu invento e até parabenizo-o pela genialidade, mas discordo de que seja o único método que realmente limpa sulco de LP. Eu estou estudando Vinis e CD's há 4 anos juntamente com fontes internacionais (engenheiros de áudio e fabricantes de LP's, e pessoas que estão fora da Net (engenheiros do mais diversos ramos: Químicos, Eletrônicos e Mecânicos), além de audiófilos de renome. Isso gerou um blog que se iniciou em 2005 chamado vinilnaveia e está registrado, assim com seu invento. Esse blog já está na 4ª edição, pretendo lançar um livro de tanta informação (fundamentada) que já carrega. Este blog, o http://vinilnaveia.blogspot.com gerou o limpeza de vinis -http://limpezadevinis.blogspot.com Meu método não é o único e nem propalo sê-lo. Mas é 100% eficiente, garanto. Você fala em sua descrição que se a sujeira não for sugada, vira uma pasta que pode se aderir ao sulco. Pois bem: O Meu método é por atrito e ação tensoativa. Atrito do algodão e da própria água (continua). O restante do processo, a sujeira "mole" será retirada pela própria agulha em atrito pontual direto com o disco já seco, 1 hora depois ou mais, dependendo, e o ciclo poderá ser repetido quantas vezes se perceber que não está bom. Não existe nenhum composto químico testado em, no mínimo 10 anos em LAVAGEM DE LP com metodologia científica aplicada. Apenas em limpeza (aqueles fluídos, que eu chamo de "espalhadores de sujeira"). Não há nenhum fluído no mercado que retire a maior parte de agregados impuros do que os detergentes tensoativos de fabricação honesta. São, por exemplo, os únicos que retiram gordura e seus ftalatos não prejudicam o LP, segundo uma fonte que já o usa há 30 anos (operador de Rádio). Há fabricantes como a EMI, antes de se incorporar a ODEON, que determinava uma limpeza do tipo 50% de água para 50% de álcool, que nem isopropílico era. Ora, segundo os químicos, o álcool é um ressecante, isopropílico ou não. E não remove gordura eficazmente. Além disso, podem, estes álcoois, ressecarem o que há de mais fino e delicado num áudio-vinil (Vinil, de PVC, Policloreto de vinila): As cristas de alta freqüência. Elas são delicadas e podem ficar quebradiças e aí, adeus: O simples passar da agulha já as removerá para sempre, perdendo-se-as. Acredito nas máquinas a vácuo ou não, há muitas que existem no mercado americano e europeu, desde que usem TENSOATIVOS ou surfactantes. E mais: Há agregados de sujeira que nem tensoativo, nem sucção nenhuma resolverá. Talvez somente uma operação micro-cirúrgica, e não é garantido, pois há sujeira que com 20 anos de LP sujo simplesmente reage auxiliado por bactérias (que montam substrato no ponto sujo) com o PVC, fazendo então um outro composto soldado ao PVC. Aí não tem jeito e método nenhum será eficaz: Melhor procurar o master e prensar outro LP... Bom, a prosa findou e fica aqui um grande abraço para quem está também ao lado dos vinis, defendendo essa mídia honesta, como falo no caput do meu 1° Blog, o Vinilnaveia.
Só mais uma coisa, para não perder o momento: A radious tip de uma agulha estéreo varia de 4 micras a 16 micras (variação enorme!), o que faz com que, agulhas gastas que destruíram determinado setor do sulco, não façam nenhuma diferença para outras de diferente diâmetro de raio. Traduzindo: Um setor destruído longitudinalmente não é simplesmente contactado por uma outra agulha, com raio de ponta de agulha diferente. É como se ela contactasse um registro virgem. Isso é ponto p'ro LP. A única ressalva é o registro do fundo do vale do sulco, que, se as laterais da agulha desgastarem completamente (seja ela elíptica, cônica ou shibata, etc.), esse registro sofrerá uma pressão pontual maior e o aquecimento (que antes era necessário, chamado de fusão) destruirá irremediavelmente esse 3° registro, aí sim, não importando qual radious tip tem a agulha. Aí sim, teremos um dano irremediável. Ou seja: Um LP até certo ponto estragado por uma agulha pode simplesmente tocar bem com outra. Mais: Há pequenas variações de corte e profundidade de sulco, já que microscopicamente não há uma unanimidade entre os estiletes de corte (De safira), o que pode ajudar a salvar a audição de um LP maltratado por uma agulha. Joaquim.
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Oi amigo...
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Essa é fácil de responder: Os equipamentos 3x1 com toca-CD, daquela época não tinham qualidade PARA VINIL. Som analógico é CARO, para a indústria que quer vender BARATO. Então vamos lá: Uma leitora de CD's é um equipamento que em função de sua larga utilidade - não é usado só para ler CD's - uma leitora lê outros discos opticos para diversas funções, inclusive armazenamento de dados, computadores, satélites do século passado(e talvez de hoje) e por essa razão, ficou barato em função de sua elevada produção. Então a indústria que montava aquele 3x1 do seu pai adquiria a leitora a preço baixo, em função como já disse da larga escala de produção e usos. Já um braço de toca-discos, só serve para toca-discos! Uma cápsula, só serve para toca-discos, para mais nada. Então, como na indústria vale a regra de que tudo que é produzido em larga escala fica barato, e o que não é, permanece caro, a indústria que, queria atingir uma faixa de consumidor menos abastado não teria condições de colocar um conjunto de alta fidelidade num 3x1, porque ficaria caro demais e pularia da faixa objetivo da indústria para aquele equipamento. Se, por exemplo, colocassem um braço de massa média, cromado, uma cápsula MM de primeira linha co a respectiva agulha, anti-skating, prato de alumínio, motor direct-drive, o tal 3x1 ficaria muito caro! E detalhe IMPORTANTE: Teria a indústria que gastar mais com o isolamento desse toca-discos do resto do conjunto, porque um toca-discos NÃO ADMITE VIBRAÇÃO EXTERNA! Veja o que acontecia com o 3x1 do seu pai: Braço leve é "vítima" de ressonância; Não tinha headshell metálica (calculada para evitar ressonância), a "headshell" desses 3x1 era de plástico, mais uma "vítima" de ressonância; sem anti-skating (a agulha força mais um lado do sulco do que o outro), sem contrapeso para ajustar o conjunto cápsula-agulha ao peso ideal, sem prato de alumínio com peso calculado e sem sistema de isolamento da caixa (box) do 3x1. Tudo isso, ou a falta de tudo isso, contribuía para o som rachado que v. mencionou! A cápsula tem uma coisinha chamada "cantilever" que é uma haste onde a agulha é presa. Esse cantilever não pode receber vibração vinda de lugar nenhum! Mas o 3x1 o cantilever da agulha de seu pai, por ter ""grudado" nele (Isso é anti-fidelidade) um toca-discos, recebia vibrações do: 1. Da própria caixa do conjunto 3x1. 2. Via braço leve do toca-discos de seu pai (braço médio a pesado, e em "S" ou "semi-S", conhecido como SME, cancelam vibrações - essas ressonâncias de que falei;) 3. Via a falsa headshell de plástico desse 3x1 e 4. Pelo baixo peso do conjunto prato e base do toca-discos (Toca-discos de fidelidade são pesados). Então, resumindo, v. tinha no 3x1 uma leitora digital que tinha outros defeitos, menos o de rachar o som (defeitos só perceptíveis por audiófilos) (Leitoras vibram e também prejudicam o som), mas que soava pura; e do outro lado um conjunto barato de toca-discos (prato de ferro, cabeça de cápsula de plástico, braço leve demais, sem isolação do resto do conjunto (isolação mecânica é caro) por isso a diferença entre o som do CD do seu 3x1 e do toca-discos. Ainda ventilo a possibilidade da agulha ter mais de 500 horas + ou - 2 anos, e do LP estar sujo, porque na época do seu pai, ninguém lavava LP. Respondi?
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Um bom toca-discos tem que ser pesado (de 6 a 15 kilos), prato de alumínio, braço em S" ou semi-S", motor direct-drive (fora os TD de audiófilo que custam de 5.000 reais pra frente, que usam correia de borracha), cápsula MM ou MC de 150 reais pra cima (as MM) e de 500 reais (as MC), anti-skating e strobo, além de uma saída de Phono bem calibrada (470 ohms ou 47 Kohms exatos e tantos microfarads também exatos, falhou minha memória...). Então, não teria como se fazer um bom TD num 3x1 sem isso ficar caro, naquela época. Hoje com novos materiais, talvez consigam. É isso. Analógico não é barato e é como instrumento musical: Requer afinação para tocar bem. Não é como um sino que qualquer um toca. E vinil é como piloto de fórmula 1: Para andar bem, precisa de um fórmula 1...