segunda-feira, 9 de março de 2015

Qualidade do disco de vinil superior à do CD: O porquê disso.


Para termos uma comparação, o melhor disco digital não passa de 48 kHz (SACD, Blue-ray e DVD-A, etc.). E o CD, não passa de 20.050 Khz. Em mídias digitais, vale dizer, CD, DVD-A, o corte é abrupto em 20.050 kHz para o CD e 48 kHz para as mídias de sofware - DVD-A, SACD, etc. E não dizem que o Vinil tem um "ruído de fundo", que prejudica? Estalinhos esporádicos, mesmo num vinil bem conservado? Leiguice. O Vinil, de 7 hz até 500 hertz tem uma relação ruído inferior a do CD, que é de - 88dB SPL, mas cujos graves mais encorpados superam e fazem sumir logo quando começa a música. E a partir dos 500 hertz do espectro sonoro, eles SUPERAM qualquer mídia digital com o alcance da relação sinal-ruído em - 96 dB SPL (SPL = Sound Pressure Level ou nível de pressão sonora) e com a banda frequencial total espetacular de 100 kHz levando em conta os transientes ditos "exagerados" pela australiana, Doutora em Ciências da Computação, Christine Tham. Vejam gráficos belíssimos e vídeos do You Tube demonstrando isso no blog acima mencionado, http://sonsultrassonicosnovinil.blogspot.com onde a questão é muito bem fechada, mais específico e sem necessidade de buscar sites em inglês: O blog é http://sonsultrassonicosnovinil.blogspot.com onde é demonstrado que o Vinil atinge normalmente de 7 hz (média) até 48 kHz, e com freqüências esporádicas ultrassônicas denominadas transientes até 100 kHz, mais ou menos, não há como "fincar" medida exata, podem estes transientes terem  99.056 kHz ou 102 kHz. Obs.: A verdade é escamoteada por certos engenheiros. Este texto prova como eu estava certo e certos inescrupulosos ficam espalhando "engenheirês" falso para confundir quem não é da área e escamotear ou esconder a verdade.

SET YOUR RECORDING LEVEL (Ajustando seu nível de gravação):

"You can find the peak levels by recording sam- ples of the LP during the loudest parts of the music.The meters in SoundTrack Pro are not 100% infallible for this purpose, so you should stop the recording process and examine the waveform in the file to determine the head- room. After fighting to get good sound from 16 bits, (O que é difícil ! ) I am fanatical about achieving only 1dBFS -2dBFS of headroom (Ele reduz os picos de transientes do analógico, o headroom. E o headroom é teto de freqüências, é pico e essas freqüências que ultrapassam fazem uma enorme diferença na dinâmica do som, que é comparável ao contraste de uma imagem) a transfer. I prefer this to leaving more headroom and then amplifying the file in the digital domain, (Prefere "amansar" o sinal na fase analógica da gravação para depois amplificar no domínio digital, porque isso me dá mais resolução. "Amansando" o analógico, se está retirando qualidades, bem entendido, porque vai "clippar".) because this wastes resolution. When you finish a track, you can review the waveform for clipping (Você deve analisar revendo se na onda digitalizada não há clipping, que é a não-ultrapassagem do zero decibel, onde ela é sumariamente cortada pelo software de gravação). SoundTrack Pro and BIAS Peak can each help you with an automated procedure for this. If I have clipping, I reset the level and re-record. (Aqui o cara só corta a ponta da onda que ultrapassou, que clipou!) If your phono cartridge has large dips in its response (Se a sua cápsula tem largos transientes em sua resposta) requiring a peaked equalization in software, you might need to leave... (Você deve abandonar os picos de freqüencia, ou seja, literalmente jogar música fora...) more headroom than I do.

Obs.: Cápsulas de toca-discos não tem uma saída linear e nem por isso distorcem nos seus picos o que fazem da dupla disco de vinil e toca-discos uma dupla imbatível, em graves, médios e agudos.

Analisando os erros cometidos por este vídeo produzido por "Olhar Digital". Uma série de informações erradas e amadoras que ora denuncio, para a boa informação geral sobre áudio analógico e digital.


Fonte: http://olhardigital.uol.com.br/video/vinil-ou-cd-qual-tem-o-melhor-som/37377

1º Erro: A apresentadora se refere ao CD como "disco de acetato" quando o correto seria - Disco de policarbonato. Disco de acetato é o lacquer, o molde misto de acetato e alumínio que será cortado (gravado como master), niquelado e prateado para gerar uma mother negative e uma mother positive para ser colocada na prensa, para prensar vinis novos. Notar que os discos analógicos de acetato existiram sim, basta lembrar dos compactos coloridos de historinhas infantis e musiquinhas. No início, eram todos de acetato, um plástico duro.

2º Erro: A diferença entre o analógico e o digital sempre foi grande, desde a criação do CD. É que o som analógico é o som real em si, a um nossa voz é analógica, os ruídos do mundo são analógicos, o canto de um pássaro é analógico... Quando se digita um som real analógico (A corda vocal faz movimentos análogos à onda mecânica que produz, só um exemplo), ele "traduz" em números inteiros o sinal eletrônico original, que, por sua vez é formado de números com vírgula, números muito precisos, fracionados. Assim, o sinal armazenado não é a onda original, mas uma semelhança mais aproximada dela. Exemplo: Num sinal analógico, podemos ter 1,51 milivolts em um nível de formação do sinal. Esse mesmo número, 1,51 milivolts, será digitalizado para o próximo inteiro, 2. Ou seja, digitalizar é fabricar um sinal inexato.

3º Erro: Falam no vídeo que é uma diferença subjetiva. Não é. É física e matemática: Erros do digital: 1 - Quantização inexata; 2 - Excesso de mexidas no sinal, com filtros de anti-aliasing; 3 -Erros de dither; 4 - Corte do sinal em 0dB, que nunca ocorre num disco de vinil, esse corte é para o CD não ultrapassar a freqüência de 20.050 hertz e o DVD-A não ultrapassar 48 kHz na reprodução; 5 - Falhas de leitura, coisa que todo mundo já experimentou um dia; 6 - A dinâmica do disco de vinil é superior, já comprovada em espectro; 7 - A relação sinal ruído do disco de vinil é de - 92dB SPL após 500 hertz, enquanto a do CD fica em -88dBFullscale

4º Erro: Não há que se falar em "timbre" do vinil e nem em "timbre" do CD! Os timbres são dos instrumentos, e não da mídia em si. O vinil não é um instrumento e nem o CD. Se ele falasse em dinâmica e espectro de cada um, seria mais adequado.

5º Erro: A afirmação "Se você for procurar dar um olhar técnico, é... puramente técnico a respeito do assunto, as freqüências digitais que você tem hoje, elas transcendem as freqüências que você tem no vinil". Infeliz afirmação de Bôscoli, novamente. Como, se tanto as freqüências do disco de vinil são de 48 kHz em forma de onda (Waveform) e as do CD são de 20.050 hertz waveform? Podendo o vinil ter até freqüências ultrassônicas? Como se a banda útil de um vinil vai até 100 kHz waveform? Mesmo o finado SACD e DVD-A, apesar de chegarem em 48 kHz waveform, eles recebem corte de 0dB FS e nada passa além disso? É claro que ele confunde CLOCK com formato de onda de saída! Ele estava pensando em 192 samples per second (Amostras por segundo) como sendo "192 kilohertz na saída dos transístores de potência, como esses 192 fossem formato de onda e não são, são as amostras, as medições por segundo, 192 medições por segundo de palavras de 24 bits. Horrível erro. Obs: O termo "banda" significa a capacidade ou limite de dados (Palavras de bits) ou informações analógicas que uma mídia pode conter.

6º Erro: O paralelo que é feito entre vinil e CD, como o vinil sendo um carro antigo V8 com motor com ronco bonito, mas antiquado; e o CD como sendo um motor com a mesma potência, mas com injeção eletrônica e outros avanços, passa o vinil como algo antiquado e sem nenhuma tecnologia, como se digitalização ou numerização fosse sinônimo de qualidade em áudio por ser "avançado", como se certos avanços superassem obrigatoriamente a tecnologia a que se propõe superar. A comparação chega a ser hilária e não merece nem ser levada a sério, além de não esclarecer nada e demonstrar que a pessoa não conhece Física, em Mecânica vibratória (Compostos de Forier) e conhecimentos profundos de informática de áudio.

7º Erro: O narrador confunde novamente CLOCK com freqüência de saída de áudio, confunde Clock com Waveform. Diz que o CD tem 16 bits a 44.100 "kilohertz". Harry Nyquist e Shannon devem estar se revirando no túmulo... Os dois!

8º Erro: 32 bits/192 "kilohertz".... Ainda não aprendeu que isso é o CLOCK do áudio, espécie de fórmula informática para ele "dar" apenas 48 kilohertz na saída dos transístores e com corte abrupto além dessa freqüência.

9º Erro: (E escandaloso!) - Dizer que é possível digitalizar um (sinal) de um disco de vinil e atingir a mesma qualidade do original... Como, se a senóide analógica é matematicamente diferente da digitalizada? Obs: Vinis originados de qualquer fonte digital soam abafado em relação ao original nascido de uma fita tape de 2 polegadas ou mesmo de uma polegada.

10º Erro: Emular um som digitalizado para ele parecer um som analógico, com uso de softwares. Só se for para agradar surdos em audiofilia... Maneira de se obter o "glamour" do analógico... Cruzes! Dizer que incluem a analogicidade é uma piada.

Finalizando, perceber que eles omitiram tudo o que pudesse demonstrar ou representar a tecnologia analógica, como a qualidade dos Decks de rolo Studer, e nem seque falaram do DMM - Digital Metal Mastering. A matéria é tendenciosa e os entrevistados não tem conhecimentos profundos e erraram muito. E afirmar que 99% por cento das gravações feitas hoje seriam digitais, faz sentido sim: Até o "Zé da esquina" pode hoje em dia fazer um álbum, pois com a massificação dos programas de áudio em software, comprados legalmente ou não, emprestados para instalar ou não, isso é fato. No entanto, tem o preço da artificialidade do som.

Preço de uma Master Tape de 2 polegadas: R$945,00. Para quem está investindo em um álbum, este valor não é nada. Confira o preço em dólar no site http://www.rmgi.eu/rmgi.asp?Id=9

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Demonstração de perda de grave em digital.


Houve o clipping (Perda) porque o sinal de grave ("Onda grave") ultrapassou o limite de 0dB e o software de gravação "clipou", ou seja, anexou as freqüências num mesmo nível limite. Numa gravação analógica esse mesmo sinal não teria perdas mesmo ultrapassando o limite de 0dB, desde que até um limite indicado de +6dB.

sábado, 3 de janeiro de 2009

O que é erro de Dithering (Erro de meio tom) e suas conseqüências. Em resposta a uma pergunta sobre um texto.


A ilustração acima, de minha autoria, demonstra os prejuízos da digitalização do analógico para o som dito "som digital". No meu blog vilnaveia explico porque essa expressão é equivocada, uma vez que na ponta todo som há que ser analógico (Senão nossos ouvidos não ouviriam), pelo fato do nosso cérebro não identificar 0 e 1 (Binários digitais). O termo correto seria som analógico digitalizado ou numerizado (Europa) e não "som digital" como a mídia, culturalmente leiga, divulga.

Esta demonstração, imagem gentilmente cedida por um especialista, ilustra o erro de Dithering em imagens de vídeo. A tradução para os termos técnicos em inglês é, respectivamente: Padrão dithering, difusão dithering e "ruído" de dithering. Erro de Dithering, como direi adiante, pode ser traduzido minimalisticamente como Erro de Meio Tom.

Resposta a um texto que me foi enviado: Primeiro o autor do texto em espanhol afirma, ou seja, fala a bobagem de que os sistemas analógicos são vulneráveis... O autor confunde "vulnerável" com "delicado". O que é delicado há que se cuidar. Ex: Uma Lâmpada, uma lâmina de microscopia. Depois veio com mais bobagem: De dizer que quanto mais se aumenta a amostragem mais se faz fidelidade. Bobagem repetitiva de sites que por debaixo do pano querem inverter a situação atual de superioridade analógica do conhecimento da maioria das pessoas. (atual de dois anos pra cá...). É o seguinte: O sistema é binário. Isso não muda. E quanto mais se quantifica em número de amostras, mais erro se produz... Vou mandar-te uma foto do que seja erro de dithering (Ilustração acima). Ou a senóide é replicada nos valores criados analogicamente ou não se tem fidelidade, o que se terá será destruição da integridade dos harmônicos da série de Fourier e consequentemente, os Formantes dos instrumentos acústicos.Uma onda física se transforma, numa gravação, numa onda elétrica composta de valores quebrados... (Tudo em milivolt) Ex. 1,37 mv, 0,31 mv, 0,077, 1,76, 4,87... etc...Nessa mesma seqüência, seriam transformados, digitalmente em: 1; 0; 0; 1; e 4... Então não há replicação fiel e isso tem uma conseqüência em termos de física do som.Além disso, são gerados valores inaproveitáveis - os erros de dithering, que terão que ser aleatoriamente distribuídos pelo conversor. E é só, José. O resto é pura subjetividade ou mentira. Um CD-R Jamais reproduz um vinil igualmente. Se a gravação é simples, apenas usando-se um conversor padrão RIAA acoplado ao PC como um Beltech, você sentirá perda de agudos e de dinâmica (Leia-se... Efeito Palco e clareza de sons). Se gravado por um profissional com, por exemplo, que use um Soft NAGRA, você terá som excessivamente brilhante (eles fazem isso para compensar a perda de dinâmica, pois certas músicas "clipam" (erro de Clipping ou erro por limitação da dinâmica do sinal de áudio) e o limitador achata a dinâmica e se perde palco e clareza e distinção de sons. Mesmo que a relação sinal-ruído (Noise-ratio) seja de 96 ou até 100 dB, isso não resolve o problema da perda da dinâmica nas freqüências médias mais altas e nas agudas altas. E em relação ao grave, o prejuízo fica por conta da destruição da fidelidade dos harmônicos (Da série de Fourier) audíveis de cada nota, em número de dez. Mas eles são infinitos, aviso...
*
Conclusão: Digital é cópia, e pior, cópia de cópia, pois a LEITORA É RESPONSÁVEL PELA SEGUNDA CÓPIA. E se colocarmos a fase do sóm real, será cópia de cópia de cópia (Som real + Som analógico convertido + som analógico remendado pela leitora).Analógico: Microfone - Eletrificação da onda física (transdução) - Nova transdução, agora física no estilete de corte do master vinil (o negative) (Mas a onda não mudou, até agora, só uma cópia, a do físico pro elétrico). A prensa prensa até tantas cópias igual ao positive, com total exatidão dos registros. A cápsula do toca-discos retira com exatidão o que foi eletrificado e fisicamente impresso em registros de PVC ou sulcos. Conclusão: 1 cópia do som real. Digital: Microfone - Eletrificação da onda física (transdução) (1 cópia) - Conversão em Digital (DAC) (2ª cópia) - Master Glass - disco de vidro perfurado (e não cortado como no analógico) - prensagem do negative para gerar o positive - cópias, CD's Worm. Até aí 2 cópias. Ao ler, teríamos uma terceira cópia, pois a leitora introduz via sampleamento (exemplificação, amostragem) o que falta para o CD tocar. O CD, o SACD, etc., traz apenas 50% do registro. O restante é "inventado" pela leitora.
E mais: Omitiu a análise em 3D que se faz de uma gravação digital de uma música de rock, com guitarra distorcida, onde na imagem colorida se vê verdadeiros buracos nas freqüências da guitarra. Abraços, Joaquim.


Interessante é visão sobre essas mesmas perdas digitais:


Todo processo de digitalização que presenciei até hoje sofre perdas consideráveis conforme segue:
1 - O pré-amplificador é a primeira coisa que o sinal encontra depois que sai da cápsula. Se há alguma distorção na equalização RIAA, Já era. (Estou para experimentar a inserção do sinal direto para dentro do computador e corrigir a equalização RIAA bem como a curva de resposta da cápsula já no mundo "digital" antes do "downsampling").
2 - Toda digitalização requer que o "digitalizador" (no meu caso, o computador) tenha o sinal de entrada regulado para um "máximo" cuja amplitude não ultrapasse 0dB em hipótese alguma, ou haverá "distorção por clipping" (tudo o que passar de 0dB se "perde para sempre", o que no mundo analógico não acontece: Vira "distorção por saturação", em que o sinal sofre uma "compressão").
3 - Para o máximo aproveitamento das nuances dentro do "mundo digital", é comum que se use um recurso chamado "normalização": Um algoritmo que "puxa" o pico mais alto do sinal digitalizado para um valor especificado (usualmente 0dB), "arrastando" os outros níveis de sinal proporcionalmente. (Essa é a explicação do por quê o sinal digital proveniente de CD muitas vezes tem amplitude tão alta).
4 - Como a normalização gera um sinal um tanto artificial, existem os programas de compressão dinâmica multibanda para corrigir isso como por exemplo: O Waves "Linear Phase Multiband Compressor", bem como algoritmos de "dithering" que "disfarçam" essas "adaptações" com pequenas flutuações no sinal inseridas artificialmente para reduzir os efeitos de interpolação gerados na normalização, que como já foi dito, deixam o sinal um tanto "artificial".
5 - Por último, há os filtros para tirar ruídos, estalidos, etc. Que normalmente operam nos níveis mais baixos de sinal, "sumindo" com certos sinais que "se misturam" ao ruído de fundo.


Observações: Mas a distorção é controlável e pode ser perfeitamente agradável, até um limite seguro de decibel acima do zero. Para que haja distorção por intermodulação no circuito de correção da banda do LP com um produto negativo é necessário ter havido dois erros: 1. Imperícia do engenheiro de áudio, pois a gravação analógica tem a "benesse" de, em certas músicas (A cada música, um nível em dB e isso só o vinil permite) seguir-se aumentando o volume de gravação (VU) até o "pico" de +6dB (Altura do volume de gravação) (John Vestman) e com isso deixar uma relação sinal-ruído, altura e dinâmicas ótimas na gravação. 2. Má qualiade do circuito inversor da equalização padronizada pela Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA - Recording Industry Association of America).

Clipping - Além de consideráveis perdas, há o achatamento da dinâmica do som prejudicando o efeito palco nas medias freqüências de alto volume e também nas altas que ultrapassariam facilmente os 20 kilohertz se não houvesse o limitador do software digital.

Estalidos: Podem ser provenientes também de energia estática. Para sua evitação, há que tirar-se a energia estática do ambiente de gravação com pistola anti-estática ou uma simples lavagem dos vinis, com seus pés no chão, descarregando esta energia estática ("Zero custo" e excelente audição!). Outra observação importante é que o toca-discos, além de pés apropriados, deve estar localizado numa casa ou prédio sem a influência de vibrações de grandes amplitudes, inaudíveis (Mas mecanicamente influenciadoras), provocadas por avenidas ou estradas movimentadas ou outras fontes externas de vibração. Daí os altíssimos preços dos toca discos à vácuo, que podem chegar à casa dos milhares de dólares (U$$ 140,00).

Normalização: O mesmo que nivelamento de sinais numa mesma altura.

Amplitude: Não confundir com Altura. Amplitude de um sinal é a faixa de freqüência variável atingida pelo mesmo, que no caso das cápsulas Grado Gold, vai de 20 hertz a 60 Khz.

Joaquim Martins Cutrim. joaquim777@gmail.com

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O HD é uma mídia digital ou analógica? Quem se arrisca?

Pergunta: Computador é mídia analógica ou digital? (Na realidade, nenhuma, nem outra...)

Computador não é mídia. Ele pode até TER uma mídia dentro dele, como o disco rígido do HD. Mas ele não é mídia. Mídias ou médias, são jornais, livros, palestras, entrevistas transmitidas via rádio, TV ou internet... O computador não é mídia porque ele precisa ser ensinado a: Primeiro, a ser computador... Formatação do HD. Depois, inserção de um programa do tipo sistema (Windows, Linux, etc.). Depois, inserção, no caso, programa que viabilize uso de internet contratada (paga) ou gratuita. E finalmente, um provedor lá do outro lado que viabilize o envio de informações. Mesmo assim, ele não será mídia, será viabilizador de mídia publicitária. Será como um "mero e genial radinho": Um instrumento de mídia. Não devemos confundir palavras que tem duplo sentido, como mídia publicitária e mídia de registros. Mídia publicitária é conjunto de informações, como matérias jornalísticas, livros, etc. Mídia de registros, como o nome já induz, é elemento arquivador de registros, como um LP, um CD, um DVD, uma fita magnética, uma fita de papel furadinha, um cartão de loteria, um cartão de concurso, etc... E também não devemos confundir computador com internet. Computadores foram feitos inicialmente para elaborar cálculos complexos em alta velocidade. Só depois, o mesmo virou “radinho de pilha”, em uma de suas inúmeras utilidades, pois passou a transmitir informações. Depois vou explicar como e porque não existe essa ficção de eletrônica digital: Toda eletrônica é analógica, o resultado pretendido é que pode ser digital ou analógico, onda dentada ou onda redonda, onda não detalhada (digital) e onda detalhada (analógica), mesmo que carregue consigo resultados não desejados. Até mais. Joaquim M. Cutrim

Em um computador pessoal, toda eletrônica embarcada nele é analógica. Mesmo as memórias. Porque? Porque as memórias são analógicas uma vez que utilizam um chaveamento chamado “flip-flop”. Esse conjunto de chaves recebe sinais ELÉTRICOS (e não dados!), que de acordo com suas características, irão comandar as chaves em um dos dois únicos sentidos em que ela opera. Convencionou-se que, se ela fica em “tal” sentido, será um sinal que significará “zero”. Noutro, será 1. Mas isso é uma convenção humana para dar a esse elemento analógico, uma finalidade digital. A de fornecer sinais exatos, discretos, não detalhados, mas precisos. Porque? Porque o detalhamento trazia outras informações indesejadas para o circuito. Então está explicado porque uma memória RAM, por exemplo, é um componente analógico PRODUTOR de resultados digitais. Até porque dado é resultado, e não estrutura eletrônica. Então memórias RAM, Cachê, e outros integrados destinados a produzir sinais digitais ou melhor dizendo, a converter sinais analógicos em digitais no interior do computador (Que aliás, é um depósito de conversores analógico-digitais e vice-versa), são componentes analógicos com fins digitais. Já os outros componentes do computador, que funcionam isoladamente como capacitores, diodos, bobinas, indutores, mini-potenciômetros (trimmers e dimmers), resistores, são exclusivamente analógicos, pois produzem resultados analógicos, sua função na placa mãe ou de vídeo, ou outras “cards”, são funções analógicas... O sinal entra analógico, é moldado sem perda nenhuma, mudando apenas parâmetros como tensão, miliamperagem e freqüência. Ou seja, não existe eletrônica digital... O que existe é eletrônica analógica com finalidades, ou digitais, ou analógicas, ou mistas, produzindo resultados digitais ou analógicos ou os dois trabalhando em conjunto.

Esse termo "Eletrônica Digital" foi criado para fins pedagógicos, para se dizer que é uma área que estuda os resultados digitais produzidos por um circuito eletrônico, que será sempre analógico na sua estrutura. (O chaveamento responde analogicamente [Ana, do grego, igual] em outro parâmetro ao sinal elétrico que lhe é inserido.

C., não é bem assim...
Segue abaixo a informação da Wikipédia trazida a nós pelo seu link:

Digital Compact Cassette - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Digital Compact Cassete - DCC - é como se chama a tentativa de levar ao formato digital as cassetes analógicas.

"Os aparelhos DCC tinham a particularidade de tanto trabalharem com as novas cassetes DCC como com as antigas analógicas. Após uma guerra comercial com as cassetes DAT, da concorrente Sony, ambas perderam o mercado para o novo formato MiniDisk. A perda foi possível pela praticidade e segurança do Mini Disk, apesar da superior qualidade do DCC e do DAT que utilizavam fitas, estes por sua vez se tornaram frágeis em seu armazenamento.Por exemplo, uma fita DAT mantida em um gravador por um certo tempo dentro de um ambiente com ar condicionado causava humidificação nas cabeças. Já o Minidisk trabalha em ATRAC 3 com excessiva compressão DIGITAL e dependendo da pressão sonora do ambiente se perdem harmônicos importantes e o som registrado se torna estranho".

Resposta de Joaquim: DETALHE: Fita nenhuma é para ser guardada no compartimento do tocador, ou do "player", como uns preferem. Qualquer fita deve ser guardada corretamente, e o modo correto é o seguinte: Você tem que rebobinar a fita para um ou para o outro lado, esvaziando um dos carretéis. Porque? Porque carretéis se comportam como ímãs e podem comprometer a qualidade da gravação com a desmagnetização mútua de ambos os carretéis, um desmagnetiza o outro (na realidade, mais precisamente, mexe com o rearranjo das partículas de óxido de Ferro)... Tudo isto por indução eletromagnética. Então não é a DAT que não presta, é o seu operador que é um burro...rs rs! Fitas magnéticas devem ser guardadas totalmente rebobinadas em locais arejados para evitar fungos e com a mesma temperatura que o corpo humano gosta... em geral: de 23 a 27 graus célsius. Frágil é o disquete, que quase sempre é acometido de problemas que, por ser digital e a os padrões de leitura digital não aceitarem mais de 200 erros de bloco, ou no caso do disquete, pode ser até bem menos (desconheço o"Red Book dos disquetes), DÃO MENSAGEM DE: "Disquete não formatado..." Ou: "Há dados corrompidos, a mídia não pôde ser aberta..."; ao contrário das fitas magnéticas no formato cassette, que agüentam até ÁGUA!!! Isso mesmo, IMERSÃO EM ÁGUA e depois de secas, tocam normalmente. Eu sou testemunha disso juntamente com outras pessoas, pois tive umas 100 ou mais fitas que por estarem dentro de um recipiente receberam líquido com sabão em pó despejado por uma máquina de lavar... Isso mesmo! Depois de 1 mês (tempo que eu dei) de colocadas dentro de um isopor em um quarto meio quente, secaram e tocaram normalmente, reproduziram as vozes n-o-r-m-a-l-m-e-n-t-e! Inclusive uma lista telefônica minha "falada". Aí é que devemos ter cuidado com informações, mesmo sabendo que a Wikipédia é merecedora de credibilidade. Mas há que se ter um filtro: Você deve entender também do assunto, senão posta o que não é verdade. Fitas cassete duram anos e anos, sem problemas, ao contrário dos meios digitais, que são, inerentemente intolerantes e frágeis.
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15:53 (4 horas atrás) (12/11/2008).
Van *contente*
Nossa Joaquim!
Que aula heim? Nossa show demais!
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Joaquim Martins Cutrim. E-mail: joaquim777@gmail.com

domingo, 10 de agosto de 2008

HD Grava melhor do que o Master Glass?

JOAQUIM CUTRIM OPINA:
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Minha conclusão: O HD é uma mídia magnética e pode acrescentar às cópias o efeito de tornar "woodier" and "silkier" o som, principalmente dos instrumentos acústicos. Daí uma das melhorias, pois o emadeiramento e o aveludamento provocado pelo efeito magnético melhoraria o som. Outra coisa é que um HD lê semelhante um Tape Deck, sem o hiss; e é também uma leitura analógica melhorada: Ele trabalha à vácuo e a leitura não é feita por canhão, e sim por uma cabeça que se aproxima mas não toca a superfície da mídia magnética. Ela se aproxima nanômetros mas não toca a mídia. Isso é muito mais perfeito do que tiros de canhão que podem ir perdendo o foco com o tempo, ainda tem isso. Mas para mim, o que pode estar aí fazendo a diferença que dizem os audiófilos de sons digitalizados é o efeito "wooding" and "silking" dos meios magnéticos. Talvez seja melhor ir por este caminho e pesquisar mais esse porquê.
Joaquim M. Cutrim joaquim777@gmail.com
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PS: Um "master glass" produz perfeitamente só até 10.000 cópias. Esse limite tem que ser respeitado. Estão respeitando? Outra: o controle de qualidade artesanal é um - o interessado é o próprio copiador. E o industrial? Será que ele tem mais interesse que o particular no controle de qualidade?

domingo, 3 de agosto de 2008

LP não tem porque chiar.

Outra coisa que preciso explicar e que é fonte de uma grande injustiça em relação ao vinil: LP não tem porque chiar… Isso é coisa de quem não conhece, NEM O PRODUTO, NEM TOCA-DISCOS! Quando um LP “chia” é porque: Ou ele rodou anos e anos a fio com a mesma agulha, que se desgastou (a validade é de 500 horas) e conseqüentemente destruiu os sulcos (grooves) ou uma faixa deles (já que nem toda agulha tange no mesmo ponto, ou simplesmente porque está sujo!!! LP brilhando não quer dizer que esteja limpo! Tem que ser lavado sempre que se notar som ruim ou agulha sujando ao percorrer a faixa ou, mesmo começando limpa, chegar suja ao fim da faixa. Não pode chegar suja no final do vinil, jamais. Senão tem que lavar, e lave de acordo com as minhas sugestões (siga a risco) em http://limpezadevinis.blogspot.com Quantos aos estalinhos e plics e plocs, isso é coisa de quem não deu valor ao objeto, não o manuseou corretamente e o deixou em cima de mesas, deixou raspar ou encostar em móveis ou em outros objetos pontiagudos, mesmo que de madeira. Mas mesmo assim GARANTO que os plics e plocs, estalinhos, NÃO RETIRAM A FIDELIDADE E NEM A MUSICALIDADE DO LP, pois eles só arranharam as “lands” e não os sulcos, que permanecem íntegos, se houve vigilante troca de agulha. E quanto aos estalos de energia estática, que podem vir mesmo num LP “zero km”, eles podem ser eliminados completamente com uma pistola anti-estática chamada “Zero Static” que pode ser comprada na www.needledoctor.com um dos maiores sites de áudio do mundo, situado em Meneápolis, EUA, com um simples cartão de crédito. Eu tenho alguns LP’s raros arranhados mas que tocam com uma pureza musical incrível.
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Outra resposta:
Meu caro, distribuir pela rede o que? A porcaria de som que é o mp3? Cheio de perdas musicais? E a Capa do Vinil, como v. vai distribuir pela internet? V. acha que do outro lado tem alguém com uma gráfica profissional para reproduzir a arte gráfica que é o vinil?O que v. não saca é que a indústria está percebendo um novo nicho comercial: O Vinil aliado ao download. Cada vinil trará um código (senha) para download integral do disco. Outra coisa que v. ainda não “acordou” é que são consumidores diferenciados: O de download, o de CD e o de LP (Embora possam gostar dos 3 ao mesmo tempo, nada impede). O Consumidor de LP, que diga-se de passagem, não se importa com preço, pois um vinil completo é um livro musical, pois traz textos e fotografia, além do som original de gravação, sem conversões ou sujeições a erros de leitora. Então não há como “PIRATEAR” mesmo um som perfeito como o do vinil, encorpado, emadeirado, aveludado e mais equilibrado em termos de médios, agudos e graves. Na conversão para mp3 vão ocorrer perdas lamentáveis para um bom equipamento e um bom ouvido. (Aliás, os jovens que usam iPod andam perdendo a audição, segundo pequisa e mídia televisiva, pelo excesso de volume, pois andam com aquilo na rua e a rua já é por si só barulhenta). Mas voltando ao assunto, também não existe PIRATARIA de capa e encartes de vinil. Ficou claro?
Lembrando que ainda tem o comprador de LP que vai querer passar seu LP para ouvir em CD no carro, já que há muitos já existem toca-discos ripadores (aqueles fabricados com saída USB) (Aqui no Brasil a Sony vende um). Muitos estão comprando estes toca-discos ripadores para gravar sua coleção inteira em CD, para ouvir no carro ou em lugares onde o LP não deve ir… por exemplo, um passeio ao ar livre, onde v. poderá levar um aparelhinho tipo “tamborzinho” para curtir o passeio.
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Marcos comentou: (Em 03/08/08).
Olá, Joaquim. Ha uns tempos comprei uns discos de música classica importados em um sebo. O melhor deles, é um duplo alemão com as Segunda e Nona Sinfonias de Beethoven. Muito bem.... como de costume, lavei os discos com água, detergente e algodão. Coloquei-os para tocar. Para o meu espanto, ELES NÃO ESTALAM! O máximo é um pop bem baixinho, mas insignificante, mesmo em volumes mais altos. Fora a qualidade da musica, o som é maravilhoso.Musica classica, eu compro só disco importado. Os poucos nacionais que eu tenho sao ruins (aquelas ediçoes da Abril Cultural) e colocar o disco alemão perto desses é covardia. É um disco de 75, denso, bem feito e bem acabado, bonito de ver.... e os envelopes sao de papel, nada daqueles plásticos..... o preço nos sebos é basicamente o mesmo, e por isso dou preferencia aos importados.Meu Cabeça Dinossauro em vinil soa ainda mais agressivo que o CD. Comprei o cd e o Nós Vamos Invadir Sua Praia também porque estavam fora de catálogo e ouço eles no iPod ou no computador no serviço. Em casa, só em vinil. Meu toca discos é um Philips AH-928 e já soa assim bem e superior ao CD. Não consigo imaginar meus disquinhos tocando em um TD e equipamento profissa.... Hoje comprei uns compactos, um Procol Harum - A Whiter Shade of Pale, Fevers - Já Cansei, e Hermanns Hermits - No Milk Today. O estado deles estava feio.... mas após uma lavagem ficaram bons (eu nao toco eles sem lavar, mesmo os que compro no Mercado Livre). Aparentam estar sujos ainda, apesar do som ser bom e sem estalos.... por isso vou lavar amanhã novamente. Bem... é isso aí... t+
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Joaquim Cutrim Respondeu:
Realmente, os discos importados eruditos, principalmente, são dedicados a audiófilos e precisam ser grossos para ter uma prensagem mais perfeita, mais potente (mais apertada) para que os sulcos sejam mais profundos e mais bem acabados. Daí precisarem ser de 160 g; 180 ou 200 gramas. A mixagem também é mais cuidadosa, mais discutida com o maestro e talvez seja um analógico puro gravado no sistema Living Stereo, onde não há nenhuma fase digital. O sitema que tem fase digital é o Dynagroove. Living stereo significa estéreo ao vivo, com total ausência de interferência digital.Eu também lavo meus discos, sejam eles comprados onde forem: Lacrados dos EUA ou UK, ou Rússia - os novos, lacrados vem com um óleo originário da prensa nos sulcos e deve ser retirado. E os de sebo, ainda que de execelentes Sebos, como a SEBODODISCO em São Paulo, também tem que ser lavados: Afinal não se conhece o método deles ou simplesmente nunca o foram.Realmente LP não tem porque estalar. Eu me deparei com um sujeito ignorante (no sentido mais correto da palavra, e não chulo) e ele me disse que eu colecionava LP's certamente porque era um saudosista... O cara não me conhecia... Eu disse logo pra ele que som digital não prestava, e que o som fiel seria o do LP porque era íntegro, integral... (Não só fisicamente (Física), mas dentro da minha filosofia de preservação da arte que defendo no meu 1° blog como a minha forma de educação musical e de entender a arte). Ele retrucou na ponta da língua: E os estalos? Dissera-lhe que um LP limpo, bem lavado não estalava assim como um LP "zero Km". E que possíveis estalos que houvessem seriam de estática, e que poderiam ser removidos com a pistola "Zero Static" adquirida na needledoctor. Ele ficou pasmo e eu ainda lhe falei da quantização imperfeita geradora da metalização do som e do 0dB que mata a dinâmica do CD nas freqüências mais altas, pois há um corte pelo software. Ele ficou zonzo... dei-lhe uns exemplares dos meus blogs já impressos pra ele ler e aprender e perguntar o que quiser. Falei-lhe que aquilo era uma pesquisa que já durava 4 anos, junto a fontes internacionais e poucas nacionais. Mudando no mesmo assunto, já há muito estou nessa de redescobrir a música brasieira e internacional dos anos 60, 70 e 80. Há muita coisa maravilhosa simplesmente, como o LP original de Gigliola Cinqüetti de 1968 original que adquiri recentemente pela Sebododisco de São Paulo (40 mil itens). E mais: penso com você: Música deve ser boa pra você, te emocionar, sem rótulos ou preconceitos. Arte não tem bula, como remédio. Pode ter estética, mas isso fica com os maestros e quem conhece. Então pode ser quem for (há muitos chamados de "bregas" que já cantaram clássicos da MB). Nada de rótulos: O crítico e emocionado "sou o eu", e não a mídia de massa, o senso comum arrogante da classe média que pensa que é bem informada só porque lê Folha de São Paulo e Jornal do Brasil, como se esses jornais fossem especializados ou não cometessem imperfeições intelectuais. Penso como Marilena Chauí: Não me informo na mídia: Devemos sentir o mundo e filtrar as notícias com um "background" de sociologia e psicologia. E não precisamos ser psicólogos e nem sociólogos... basta ler, apenas. Leituras científicas, textos elaborados com metodologia científica. Um grande abraço! Joaquim Cutrim.